quinta-feira, março 29, 2007

Por que a maioria dos cientistas não acredita em astrologia?

A raça humana sempre quis controlar o futuro ou, pelo menos, prever o que acontecerá. Por isso a astrologia é tão popular. A astrologia alega que os eventos na Terra estão relacionados aos movimentos dos planetas no céu. Esta é um hipótese cientificamente experimentável, ou seria, se os astrólogos se arriscassem e fizessem previsões precisas que que pudessem ser testadas. Mas, como são espertos, suas previsões são tão vagas que acabam se aplicando a qualquer situação. É impossível provar que afirmações como "As relações pessoais podem se tornar intensas" ou "Você terá uma oportunidade financeiramente recompensadora" estão erradas.

Mas o verdadeiro motivo por que a maioria dos cientistas não acredita em astrologia não é a existência de provas científicas ou a falta delas, e sim o fato de ela não ser compatível com outras teorias testadas pela experiência. Quando Copérnico e Galileu descobriram que os planetas orbitam o Sol em vez de a Terra e Newton descobriu as leis que governam seus movimentos, a astrologia tornou-se extremamente inaceitável. Por que as posições de outros planetas contra o céu ao fundo, conforme vistos da Terra, deveriam ter quaisquer correlações com as macromoléculas que se denominam vida inteligente em um planeta inferior? Pois é nisso que a astrologia nos faria acreditar. Algumas das teorias descritas neste livro não têm mais provas experimentais do que a astrologia, mas acreditamos nelas por serem compatíveis com teorias que sobreviveram ao teste.

-- Stephen Hawking, O Universo numa Casca de Noz.

Regras MTB

  1. Desejo
  2. Dedicação
  3. Disciplina
  4. Fluir como a água, brilhar como o sol
  5. Não há ganho sem sofrimento

Serenidade acima de tudo

quarta-feira, março 28, 2007

Nikola Tesla

"Ambos inventores brilhantes, mas enquanto Edison era o empresário, Tesla era o visionário."


A Fortean Times (em inglês) traz um perfil extenso e intrigante do inventor Nikola Tesla (foto), que completaria 150 anos em 2006, escrito por Mark Pilkington:

"Ainda que seja possível encontrar histórias modernas da eletricidade que não mencionem Tesla, durante sua vida ele foi, ao lado de Thomas Edison e Guglielmo Marconi, o inventor mais celebrado da época. Seu sistema polifásico de corrente alternada continua sendo base para a transmissão de eletricidade por linhas de energia e alimenta motores de indução -- outra invenção de Tesla -- em todas as coisas, desde tocadores de CD até submarinos. Tesla algumas vezes é chamado de iniciador da 'segunda revolução industrial', mas seu gênio deu origem a muito mais que motores. Seus escritos, patentes e invenções incluíam modelos pioneiros de rádio, tubos emissores de raios X, luzes fluorescentes, robôs, radares, aviões, mísseis e, avançando ainda mais no desconhecido, armas de energia, controle do clima e -- seu grande sonho -- a transmissão sem fio da eletricidade."

Em 1901, Marconi fez a primeira transmissão de rádio através do Atlântico. Logo depois, Tesla conseguiu convencer o banqueiro JP Morgan a investir US$ 150 mil em duas torres, para transmitir rádio e energia entre Nova York e Londres. A torre americana tinha 57 metros de altura e uma estrutura de 37 metros enterrada no solo, com um domo de cobre de 21 metros de diâmetro no seu topo. O dinheiro acabou antes que fosse terminada. Em 1917, ela foi demolida.

Enquanto Edison fundou a General Electric, Tesla morreu em 1943 com milhares de dólares em dívida. Ele nunca teve uma casa, tendo morado em hotéis por toda a vida adulta, e nunca se casou. Pilkington o chama de "mártir da ciência estranha" e de "santo patrono da eletricidade".

Via Boing Boing (em inglês).

terça-feira, março 27, 2007

Biocombustíveis são fraude?

Em artigo publicado nesta semana no jornal britânico "The Guardian", o jornalista e ativista ambiental George Monbiot afirma que utilizar biocombustíveis --como o álcool-- para combater o aquecimento global "é uma fraude".

"Se quisermos salvar o planeta, precisamos adiar por cinco anos os projetos em biocombustível", defende Monbiot.

Para o jornalista, os programas de incentivo "são uma fórmula para desastres ambientais e humanitários".

"Em 2004, eu alertava que biocombustíveis estabeleceriam uma competição entre os carros e as pessoas. As pessoas inevitavelmente perderiam: aqueles que podem pagar para dirigir são mais ricos que aqueles à beira da fome", escreve Monbiot.

Para o autor, o Brasil é um exemplo que ilustra o "impacto" de se transformar recursos naturais em combustíveis.

"Produtores de cana-de-açúcar estão avançando sobre o cerrado no Brasil, e plantadores de soja estão destruindo a floresta amazônica." Agora que o presidente (americano, George W.) Bush acabou de assinar um acordo de biocombustíveis com o presidente Lula, deve piorar.

terça-feira, março 20, 2007

O inferno é exotérmico ou endotérmico?

Primeiramente, postulemos que o inferno exista e que esse é o lugar para onde vão algumas almas. Agora postulamos que as almas existem, assim elas devem ter alguma massa e ocupam algum volume. Então um conjunto de almas também tem massa e também ocupa um certo volume.

Então, a que taxa as almas estão se movendo para fora e a que taxa elas estão se movendo para dentro do inferno? Podemos assumir seguramente que, uma vez que uma alma entra no inferno, ela nunca mais sai de lá. Por isso não há almas saindo. Para as almas que entram no inferno, vamos dar uma olhada nas diferentes religiões que existem no mundo e no que pregam algumas delas hoje em dia.

Algumas dessas religiões pregam que se você não pertencer a ela, você vai para o inferno... se você descumprir algum dos 10 mandamentos ou se desagradar a Deus você vai para o inferno. Como há mais de uma religião desse tipo e as pessoas não possuem duas religiões, podemos projetar que
todas as almas vão para o inferno.

A experiência mostra que pouca gente respeita os 10 mandamentos. Com as taxas de natalidade e mortalidade do jeito que estão, podemos esperar um crescimento exponencial das almas no inferno. Agora vamos olhar a taxa de mudança de volume no inferno. A Lei de Boyle diz que para a temperatura e a pressão no inferno serem as mesmas, a relação entre a massa das almas e o volume do inferno deve ser constante. Existem, então, duas opções:

1) Se o inferno se expandir numa taxa menor do que a taxa com que as almas entram, então a temperatura e a pressão no inferno vão aumentar até ele explodir, portanto EXOTÉRMICO.

2) Se o inferno estiver se expandindo numa taxa maior do que a entrada de almas, então a temperatura e a pressão irão baixar até que o inferno se congele, portanto ENDOTÉRMICO.

Se nós aceitarmos o que uma menina muito gostosa me disse uma vez: "Só irei pra cama com você no dia que o inferno congelar", e levando-se em conta que AINDA NÃO obtive sucesso na tentativa de ter relações amorosas com ela, então a opção 2 não é verdadeira. Por isso, o inferno é exotérmico.

sexta-feira, março 16, 2007

Aprenda a programar em dez anos

Peter Norvig
Tradução por Augusto Radtke
Porque todo mundo tem tanta pressa?

Entre em qualquer livraria, você vai ver Aprenda Java em 7 dias assim como diversas variações oferecendo lições de Visual Basic, Windows, Internet e por ai vai, em dias ou horas. Eu fiz a seguinte pesquisa na Amazon.com:

pubdate: after 1992 and title: days and

(title: learn or title: teach yourself)

e encontrei 248 entradas. As primeiras 78 eram livros sobre computadores (número 79 era Learn Bengali in 30 days). Troquei “dias” por “horas” e encontrei resultados incrivelmente similares: 253 livros, 77 de computadores, seguidos de Teach Yourself Grammar and Style in 24 Hours no número 78. Do total de 200, 96% eram livros de computadores.

A conclusão é que ou as pessoas estão com muita pressa de aprender sobre computadores, ou computadores são extremamente fáceis de aprender do que qualquer outra coisa. Não há livros de como aprender Beethoven, ou Física Quântica ou até adestramento de cães em alguns dias.

Vamos analisar o que um título como Learn Pascal in Three Days
pode significar:

  • Aprenda: Em três dias você não terá tempo de escrever programas significantes, e aprender com seu sucesso ou fracasso. Você não terá tempo para trabalhar com um programador experiente e entender o que é conviver neste ambiente. Em resumo, você não terá tempo para aprender muito. Logo eles só podem estar falando a respeito de entendimento supercial, como disse Alexander Pope, aprender pouco é uma coisa perigosa.
  • Pascal: Em três dias você deve ser capaz de aprender a sintaxe do Pascal (isso se você já conhece uma linguagem similar), mas não vai aprender muito sobre como utilizar essa sintaxe. Em resumo, se você era, vamos dizer, um programador Basic, você pode aprender a escrever programas no estilo Basic usando a sintaxe do Pascal mas não aprender em que o Pascal é bom (ou ruim). Então, qual o ponto? Alan Perlis disse certa vez: “Uma linguagem não afeta a maneira que você pensa sobre programação”. Um ponto é se você precisar aprender um pouco de Pascal (ou algo como Visual Basic ou Javascript) porque você precisa interagir com alguma ferramenta existente para uma tarefa específica. Mas nesse caso você não esta aprendendo a programar, você está aprendendo a como resolver essa tarefa.
  • em três dias: Infelizmente, não é suficiente, como veremos a seguir.

Aprenda a Programar em Dez Anos.


Pesquisadores (Hayes, Bloom) tem demonstrado que leva em torno de dez anos para desenvolver perícia em qualquer de uma variedade de áreas, includindo jogar xadrez, compor músicas, pintar, tocar piano, nadar, jogar tênis e pesquisar neuropsicologia ou topologia. Aparentemente não há atalhos: até Mozart, que foi um prodígio musical aos 4 anos levou mais 13 antes de compor música de primeira classe. De outra forma, ou Beatles parecem ter disparado nas paradas em primeiro lugar com a aparição no show do Ed Sullivan em 1964. Mas eles estavam tocando em pequenos clubes em Liverpool e Hamburgo desde 1957, e mesmo que eles conseguiram uma aparição em masa, o primeiro grande sucesso mesmo, Sgt. Peppers, foi lançado em 1967. Samuel Johnson pensa que pode levar mais do que dez anos: “Excelência em qualquer departamento pode ser alcançada apenas com o trabalho de uma vida toda; não é possível compra-lá por menos.” E Chaucer reclamou: “vida tão curta, leva tantu pra aprender.” Sim, é “tantu”, e não “tanto”, um dia você entende.

Então aqui vai minha receita para sucesso na programação:

  • Aprenda inglês. Leia o original deste texto. Essa tradução só está aqui para exercitar o meu inglês, não o seu. (Nota do tradutor)
  • Se interesse por programação, e faça porque é legal. Tenha certeza que isso continue a ser legal para você dedicar dez anos nisso.
  • Converse com outros programadores; leia outros programas. Isso é mais importante do que qualquer livro ou curso de treinamento.
  • Programe. O melhor tipo de aprendizado é aprender fazendo.
    Colocando de uma forma mais técnica, “o nível máximo de performace individual em um domínio é não é alcançado automaticamente em função de uma experiência extendida, mas sim aumentado mesmo por indivíduos extramente experientes por um esforço deliberativo de melhorar.” (p. 366) e “o aprendizado mais efetivo requer uma tarefa bem definida com uma dificuldade apropriada para o indivíduo em particular, dado que exista um retorno sobre a experiência e oportunidades de repetição e correções de erros.” (p. 20-21) do livro
    Cognition in Practice: Mind, Mathematics, and Culture in Everyday Life
    , que é uma referência interessante deste ponto de vista.
  • Se você quiser, gaste quatro anos em uma universidade (ou mais em uma pós-graduação). Isso lhe dará acesso a alguns empregos que requerem alguma formação e um grande entendimento do campo de trabalho, mas se você não gosta muito de ir para escolha, você pode (com alguma dedicação) conseguir alguma experiência similiar sobre esse tipo de trabalho. Em qualquer caso, apenas ler livros não será suficiente.
    “Educação em ciências da computação não faz de ninguém um gênio em programação tanto quanto estudar pincéis e pigmentos não fazem um bom pintor.” diz Eric Raymond, autor de The New Hacker’s Dictionary. Um dos melhores programadores que eu já contratei tinha apenas o segundo grau, e ele produziu vários softwares incríveis, tem seu próprio grupo de discussão,
    e fez dinheiro suficiente em ações para comprar seu próprio clube nortuno.
  • Trabalhe em projetos com outros programadores. Seja o melhor programador em alguns projetos, seja o pior em outros. Quando você é o melhor você testa suas habilidades para liderar um projeto, e para inspirar outros com a sua visão. Quando você é o pior aprende o que os mestres ensinam e o que não gostam de fazer (porque eles fazem você fazer por eles).
  • Trabalhe em projetos após outros programadores. Esteja envolvido em entender um programa
    escrito por outro. Veja o que é preciso para entender e consertar quando o programador original não esta por perto. Pense em como desenvolver seus programas para que seja fácil para quem for mante-lós após você.
  • Aprenda pelo menos meia dúzia de linguagens de programação. Includa na lista uma linguagem orientada a objetos (como Java ou C++), uma que seja de abstração funcional (como Lisp ou ML), uma que suporte abstração sintática (como Lisp), uma que suporte especificação declarativa (como Prolog ou C++ com templates), uma que suporte co-rotinas (como Icon ou Scheme), e uma que suporte paralelismo (como Sisal).
  • Lembre-se que há um “computador” em “ciência da computação”. Saiba quanto tempo leva para o seu computador computar uma instrução, carregar uma palavra ad memória (com e sem cache), ler palavras consecutivas do disco rígido, procurar por uma nova posição no disco.(As respostas estão aqui.)
  • Se envolva no esforço de padronização de uma linguagem. Pode ser o comite ANSI C++, ou na padronização de programação na sua empresa, se utilizaram identação com 2 ou 4 espaços. Em qualquer caso, você aprende o que outras pessoas gostam em uma linguagem, o quanto eles gostam e talvez um pouco do porque eles gostam.
  • Tenha o bom senso de cair fora desse processo de padronização tão rápido quanto possível.

Com tudo isso em mente, é questionável o quão longe você pode ir apenas lendo livros. Antes que do meu primeiro filho nascer eu li todos os livros de Como Fazer e ainda me sentia como um novato. Trinta meses depois, quando nasceu meu segundo filho, voltei aos livros para relembra? Não, ao invés disso resolvi utilizar minha experiência pessoal do primeiro filho, que se tornou muito mais útil do que milhares de páginas escritas por especialistas.

Fred Brooks, em seu trabalho No Silver Bullets identificou um plano em três partes para encontrar grandes projetistas de software:

  1. Sistematicamente identifique os melhores projetistas o quanto antes.
  2. Atribua um orientador de carreira responsável pelo desenvolvimento cuidadosamente de um plano de carreira
  3. Promova oportunidades para desenvolvedores em aprendizado interagir e estimular uns aos outros.

Isto assumo que algumas pessoas já possuem as qualidades necessárias para ser um grande desenvolvedor de software; o grande trabalho é apenas coloca-los no caminho correto. AlanPerlis coloca de forma mais sucinta: “Qualquer um pode ser ensinado a esculpir: Michelangelo precisaria ser ensinado a não esculpir. É o mesmo com grandes programadores”.

Então vá em frente e compre aquele livro de Java; provavelmente você terá algum uso dele. Mas isso não vai mudar a sua vida, ou o seu conhecimento como um programador em 24 horas, dias, ou meses.

Referências

Bloom, Benjamin (ed.) Developing Talent in Young People, Ballantine, 1985.

Brooks, Fred, No Silver Bullets, IEEE Computer, vol. 20, no. 4, 1987, p. 10-19.

Hayes, John R., Complete Problem Solver Lawrence Erlbaum, 1989.

Lave, Jean, Cognition in Practice: Mind, Mathematics, and Culture in Everyday Life, Cambridge University Press, 1988.

Respostas

O tempo aproximado de execução de várias operações num PC típico de 1Ghz no verão de 2001:

executar uma instrução simples 1 nseg = (1/1,000,000,000) seg
extrair uma palavra da memória L1 2 nseg
extrair uma palavra da memória RAM 10 nsec
extrair uma palavra consecutivamente do disco rígido 200 nseg
extrair uma palavra de uma nova posição o disco (busca) 8,000,000nseg = 8mseg

Apêndice: Escolha de Linguagem

Muitas pessoas tem me perguntado sobre qual linguagem devem aprender primeiro.

Não há resposta, mas considere estes pontos:

  • Use os seus amigos. Quando me perguntam “que sistema operacioal devo usar, Windows, Unix ou Mac?” minha resposta geralmenet é: “use o que seus amigos usarem”. A vantagem é que você poder aprender com os seus amigos vence qualquer diferença entre sistemas operacionais ou linguagens. Considere também seus futuros amigos: a comunidade de programadores que você fará parte se continuar. A sua escolha possuia uma grande comunidade de usuários ou apenas uma comunidade morta? Existem livros, sites e fórums para encontrar respostas? Você gosta das pessoas desses fórums?
  • Mantenha-se simples. Linguagens como C++ ou Java são desenvolvidas para utilização profissional por um grande time de desenvolvedores experientes que estão preocupados com a eficiência de execução de seus códigos. Como resultado, essas linguagens possuem partes complicadas desenvolvidas para essas circunstâncias. Você esta focado em aprender a programar, não precisa dessa preocupação. Você precisa de uma linguagem que foi desenvolvida para ser fácil de aprender e lembrar.
  • Interaja. Como normalmente você aprenderia piano: de modo interativo, no qual você escuta uma nota logo que pressiona uma tecla ou de um modo automizado em que você escuta cada nota quando a música termina de tocar? Claramente, aprender interativamente é muito mais fácil, e assim é com a programação. Insista em uma linguagem com um modo interativo e use-o.

Baseado nesses critérios, minhas recomendações para uma primeira linguagem seria Python ou Scheme. Mas as suas circunstâncias podem variar, e existem
outras boas opções. Se a sua idade ainda tiver apenas um dígito, é melhor escolher Alice ou Squeak (aprendizes mais velhos podem gostar também). O importante é você escolher e começar.

Apêndice: Livros e outros recursos

Muitas pessoas me perguntam em quais livros e páginas elas devem aprender. Eu repito que “apenas ler livros não é suficiente” mas eu posso recomendar o seguinte:

Notas

T. Capey informa que a página de Complete Problem Solver na Amazon agora possui “Teach Yourself Bengali in 21 days” e “Teach Yourself Grammar and Style” na lista de livros que “Consumidores que compram esse item também costuma comprar estes”.

Eu imagino que um grande parte das pessoas que visualizam esse livro vem dessa página.




Dicionário inFormal

O dicionário de português gratuito para internet, onde as palavras são definidas pelos usuários. Uma iniciativa de documentar on-line a evolução do português. Não deixe as palavras passarem em branco, participe definindo o seu português!

O Dicionário inFormal é do caralho! Ali não existem definições certas ou erradas, mas definições da vida real para o português.

segunda-feira, março 12, 2007

Terapia por eletrochoque

... acho que estou precisando de uma terapia assim... :-P

Terapia por eletrochoque - uma imagem pública controversa e bizarra


As primeiras décadas do século XX testemunharam uma grande revolução na nossa compreensão e no tratamento das doenças mentais. Até então, pessoas portadoras de psicose eram simplesmente trancadas em asilos para loucos, onde recebiam apenas alguns cuidados simples e, algumas vezes, apoio social, sem que nenhuma terapia efetiva estivesse disponível para os "alienistas", como os psiquiatras eram então denominados. Mesmo quando reformadores médicos bem-intencionados, tais como Phillipe Pinel, conseguiram amenizar em parte as aterrorizantes condições existentes nos asilos para loucos, ainda não existiam tratamentos de rotina realmente efetivos no começo do século XXI.

A primeira revolução na terapia científica da loucura foi baseada nas teorias da mente proposta pelo médico austríaco Sigmund Freud, o fundador da psicanálise. O valor dessa abordagem se tornou evidente para o tratamento de distúrbios mentais de gravidade leve ou média, particularmente nas neuroses; mas pouco representou de efetivo para o tratamento doenças mentais mais graves, como as psicoses. No entanto, isso começou a mudar no começo da década de 30. Os métodos psicoterapêuticos passaram a ser suplementados ou até substituídos por abordagens físicas, usando drogas, terapia eletroconvulsiva, e cirurgia.

Em 1937, um neurologista italiano chamado Ugo Cerletti estava convencido que as convulsões induzidas por metrazol eram úteis para o tratamento de esquizofrenia, mas muito perigosas e incontroláveis para serem aplicadas (naquele tempo não havia um antídoto para parar as convulsões, como acontecia com a insulina). Além disso, os pacientes tinham muito medo da terapia.

Cerletti sabia que um choque elétrico aplicado à cabeça produzia convulsões, pois, como um especialista em epilepsia, ele tinha feito experimentos com animais para estudar as consequências neuropatológicas de ataques repetidos de epilepsia. Em Genova, e posteriormente em Roma, ele usou equipamentos de eletrochoque para provocar crises epilépticas em cães e outros animais. A idéia de usar o choque eletroconvulsivo em seres humanos ocorreu-lhe pela primeira vez ao observar porcos sendo anestesiados com eletrochoque, antes de serem abatidos nos matadouros de Roma. Ele então convenceu dois colegas Lucio Bini e L.B. Kalinowski (um jovem médico alemão) a ajudá-lo a desenvolver um método e um equipamento para ministrar breves choques elétricos em seres humanos.

Eles inicialmente experimentaram vários tipos de dispositivos em animais, até determinarem os parâmetros ideais e aperfeiçoarem a técnica, antes de iniciarem uma série de eletrochoques em sujeitos humanos (com esquizofrenia aguda). Após 10 a 20 eletrochoques em dias alternados, a melhora na maioria dos pacientes começou a se tornar evidente. Um dos benefícios inesperados do eletrochoque transcraniano foi que ele provocava amnésia retrógrada, ou seja, uma perda de todas as memórias de eventos imediatamente anteriores ao choque, incluindo a sua percepção. Assim, os pacientes não tinham sentimentos negativos relacionados à terapia, como acontecia com o choque por metrazol. Além disso, o eletrochoque era mais seguro e mais bem controlado, e menos perigoso para o paciente do que o metrazol.

Em 1939, Kalinowski começou um tour para anunciar a terapia por choque eletroconvulsivo ao redor do mundo, visitando a França, Suiça, Inglaterra e Estados Unidos. Pesquisadores que adotaram o método de Cerletti-Bini logo descobriram que ele parecia ter efeitos espetaculares sobre os distúrbios afetivos. De acordo com E.A. Bennett, 90 % dos casos de depressão severa que eram resistentes a todos os tratamentos, desapareceram após três ou quatro semanas de eletrochoques. Logo, o curare e escopolamina estavam sendo usados em conjunto com a terapia eletroconvulsiva, e gradualmente substituíram o choque induzido por insulina e metrazol. O eletrochoque começava então a sua longa jornada como a terapia de choque de escolha, na maioria dos hospitais e asilos ao redor do mundo.

Outros tipos de terapia por choque foram brevemente testados, tais como a indução de febre por meio de microondas radiomagnéticas, anóxia cerebral transitória induzida pela respiração de uma mistura de oxigênio e nitrogênio, e pela crioterapia (redução da temperatura do corpo). Os resultados foram dúbios na maioria das vezes, e estas técnicas foram logo abandonados em favor da terapia eletroconvulsiva, mais prática, efetiva e barata.

Aperfeiçoamentos significativos na técnica de eletrochoque foram feitos desde então, incluindo o uso de relaxantes musculares sintéticos, tais como succinilcolina, a anestesia de pacientes com agentes de curta duração, a pré-oxigenação cerebral, o uso de EEG para monitoração da crise, e melhores dispositivos e formas de onda para ministrar o choque transcraniano. Apesar destes avanços, a popularidade da terapia eletroconvulsiva diminiu grandemente nas décadas de 60 e 70, devido ao uso de neurolépticos mais efetivos e como resultado de um forte movimento politicamente antagônico ao eletrochoque em psiquiatria, como veremos abaixo. Entretanto, a terapia eletroconvulsiva voltou a ganhar evidência nos últimos 15 anos, devido à sua eficácia. É a única terapia somática da década dos 30 que permanece em grande uso hoje. Entre 100.000 e 150.000 pacientes são submetidos à terapia por eletrochoque anualmente nos EUA, em função de condições médicas estritamente definidas.

Como aconteceu com a psicocirurgia, a terapia por eletrochoque foi muitas vezes usada de forma polêmica. Em primeiro lugar, ocorreram muitos casos em que o eletrochoque era usado para subjugar e controlar pacientes em hospitais psiquiátricos. Pacientes problemáticos e rebeldes recebiam várias sessões de choque por dia, muitas vezes sem sedação ou imobilização muscular adequadas. O historiador médico David Rothman afirmou em uma reunião de Consenso Clínico do NIH sobre terapia por eletrochoque em 1985:

"A terapia por eletrochoque se destaca de forma praticamente solitária entre todas as intervenções médicas e cirúrgicas, no sentido em que seu uso impróprio não tinha a meta de curar, mas sim o de controlar pacientes para o benefício da equipe hospitalar"

Na década dos 70, começaram a surgir importantes movimentos contra a psiquiatria institucionalizada, na Europa e particularmente nos EUA. Juntamente com a psicocirurgia, a terapia por eletrochoque foi denunciada pelos partidários dos direitos humanos, e o mais famoso libelo de todos foi um romance escrito em 1962 por Ken Casey, baseado em sua experiência pessoal em um hospital psiquiátrico no Oregon. Intitulado "One Flew Over the Cuckoo's Nest", o livro foi posteriormente roteirizado em um filme de grande sucesso, dirigido pelo tcheco Milos Forman, que recebeu no Brasil o título de "Um Estranho no Ninho ", com o ator Jack Nicholson. Uma exposição desfavorável na imprensa e na TV desembocaram em uma série de processos jurídicos por parte de pacientes envolvidos em abusos da terapia por eletrochoque.

Em meados de 1970, a terapia por eletrochoque estava derrotada como prática terapêutica. Em seu lugar, os psiquiatras passaram a fazer um uso cada vez maior de novas drogas poderosas, tais como a torazina e outros fármacos antidepressivos e antipsicóticos.

quinta-feira, março 08, 2007

O dia da mulher é uma chatice!

(Por Nina Lemos)

Sim, é chato. Passamos o dia recebendo correntes sobre o tema, que falam coisas "bonitas" sobre o fato de ser mulher. Também ganhamos flores (uma rosa vermelha, em geral) em restaurantes e firmas. Da onde tiraram essa idéia de que a gente gosta de ganhar UMA FLOR dada sem amor, heim? E ainda temos que ouvir, de passantes, coisas como "feliz dia da mulher!". Sono.

Não tenho nada contra discussões feministas sérias. Muito pelo contrário. Achamos que muitas delas são realmente importantes. A gente ver mulheres gostosas anunciando cerveja em "bares da boa" da vida é indigente! Ver um monte de garota se matando pra ficar magra também é. E pensar que, muitas vezes, a gente cai no jogo (e se acha feia, gorda etc só porque um idiota _que não se acha gordo nem feio_ nos rejeitou é o fim da picada).

Poderíamos ficar horas aqui falando sobre absurdos que encaramos todos os dias. A lista é gigante. Outro dia um amigo (gay) veio me falar que mulher não é amiga de mulher. Esses mitos ainda existem. E isso é péssimo. Também achamos que o aborto precisa ser legalizado etc etc etc.

Mas não precisamos das suas flores falsas nem das correntes sobre "a beleza interior" feminina. Isso só irrita. É sério. E se mulher precisa de "dia" é porque tudo ainda está errado. E lembrar disso nos deixa ainda mais.... tristes. E de mau-humor.

(Por Nina Lemos)

Troque a operadora e mantenha o número

Governo dá início a processo em que o cliente poderá migrar de uma operadora para outra e manter o número

A partir da próxima semana, o cliente da telefonia fixa que mudar de endereço, em uma mesma cidade, e continuar na mesma operadora, não precisará mais trocar de número de telefone. É o início da portabilidade numérica da telefonia, que será implantada em todo o País até março de 2009. A possibilidade de manter o número do telefone mesmo mudando de operadora passará a valer comercialmente a partir de dezembro do ano que vem e começará pelas principais capitais.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou ontem o regulamento da portabilidade e estabeleceu um cronograma de implantação que deverá ser seguido pelas empresas. Até junho de 2008, as operadoras terão que preparar as suas redes para a mudança e, em setembro do próximo ano, começa a fase de testes. A possibilidade de o cliente manter o mesmo número valerá apenas de telefone fixo para fixo e de móvel para móvel.

No caso da telefonia celular, a portabilidade pode ocorrer dentro de áreas com o mesmo DDD. Já na telefonia fixa, a migração só se dará dentro de uma mesma cidade ou entre municípios com continuidade urbana. O conselheiro da Anatel, Pedro Jaime Ziller, relator do regulamento, citou como exemplo o caso de Osasco e São Paulo, municípios que fazem parte de uma mesma região metropolitana.

O benefício de mudar de operadora e manter o número do telefone só vai chegar de fato ao cliente da telefonia fixa em apenas 600 localidades que são atendidas por mais de uma empresa. Os habitantes das cidades em que só há uma operadora, como no Interior do País, não poderão usufruir dessa novidade, já que não têm uma segunda opção de prestação do serviço.

Mesmo assim, o presidente da Anatel, Plínio de Aguiar Júnior, avalia que a portabilidade “é um extraordinário instrumento para a competição”, já que ela vai ser implantada em áreas que cobrem mais de 60% da população brasileira. Para Ziller, a portabilidade “é uma dívida antiga da agência que está sendo paga hoje”. Essas novas regras, segundo o conselheiro, vão permitir que companhias menores, como as empresas espelho, possam atrair clientes que até hoje não deixaram as operadoras antigas porque não queriam abrir mão do número de telefone. Ziller acredita que, com a portabilidade, as operadoras vão melhorar os serviços para não perder o cliente para outra companhia.

A previsão de Aguiar Júnior é que a portabilidade deverá custar ao cliente menos de U$ 10, ou seja, menos de R$ 21, na cotação de ontem. O valor exato ainda será definido pela Anatel. O prazo para a transferência do número será de 5 dias na fase experimental e de três dias quando a portabilidade estiver implantada. O cliente poderá mudar de operadora quantas vezes quiser.

As entidades de defesa do consumidor criticaram o grande prazo dado às telefônicas para a medida entrar em vigor para valer. “Não tem explicação para se esperar ainda tanto tempo”, reclamou a coordenadora institucional da Pro Teste, Maria Inês Dolci.

Também o Idec se posicionou contra a cobrança para quem quiser manter o número. “Não tem de se cobrar nada, pois a portabilidade já está definida em diversos regulamentos”, afirmou o advogado do Idec, Luiz Fernando Moncau. Segundo ele, seria a principal ‘arma’ do cliente contra o mau atendimento de algumas empresas.

A NOVA REGRA

O que é portabilidade: é a possibilidade de o cliente manter o número de telefone mesmo mudando de endereço ou de operadora

Alcance: valerá de telefone fixo para fixo e de móvel para móvel. No celular, a migração se dará dentro de áreas com o mesmo DDD.No fixo, dentro da mesma cidade ou região metropolitana

Preço: menos de R$ 21

Início: próxima semana para a telefonia fixa, Na mudança de endereço, com a mesma operadora e mesma cidade. Nesse caso, a portabilidade é gratuita, mas pode ser cobrada taxa de mudança de endereço

Dezembro de 2008: início da operação comercial da portabilidade, que começará pelas capitais

Março de 2009: a portabilidade estará em vigor em todo o País

sexta-feira, março 02, 2007

Karma

Karma (do sânscrito कर्म karmam; em pali, Kamma) significa ação. O termo tem uso religioso dentro das doutrinas budista, hinduísta e jainista. Foi posteriormente adotado também pela Teosofia, pelo Espiritismo.

Deve-se no entanto notar que não há muita consistência de uso do termo ou de interpretação de seu significado. As religiões utilizam o termo Karma para expressar um conjunto de ações dos Homens e suas consequências. Este termo, na física, é equivalente a lei: "Para toda ação existe uma reação de Força e Sentido contrário". Neste caso, para toda ação tomada pelo Homem ele pode esperar uma reação. Se praticou o mal então receberá de volta um mal em intensidade equivalente ao mal causado. Se praticou o bem então receberá de volta um bem em intensidade equivalente ao bem causado. Dependendo da doutrina e dos dogmas da religião discutida, este termo pode parecer diferente, porém sua essência sempre foca as ações e suas consequências.

quinta-feira, março 01, 2007

Leonardo da Vinci - A Exibição de um Gênio



A exposição "Leonardo da Vinci - A Exibição de um gênio" abriga mais de 150 peças inspiradas na vida e obra do pintor, escultor, cientista, arquiteto, engenheiro e inventor italiano, considerado um dos maiores nomes da história do Renascimento e da humanidade.

Autenticidade - A mostra contempla a essência criativa de Leonardo da Vinci (1452-1519), em todas as facetas de seu legado. Dada a restrita quantidade de originais existentes e a rígida legislação que restringe a circulação destes, todos os trabalhos foram concebidos em solo italiano, por um grupo de artesãos e especialistas europeus coordenados por Modesto Veccia, presidente da Anthropos Foundation e referência mundial na pesquisa do legado davinciano.

A origem da mostra - Desde a metade da década de 50, famílias de artesãos italianos têm estudado os códigos e os modelos de máquinas desenvolvidos por Da Vinci. As primeiras peças foram encaminhadas para Vinci, cidade de origem do artista, e ao Museu de Milão - onde ainda se encontram em exposição. Nos anos 90, um acervo destas máquinas foi preparado para itinerar por cidades européias como Florença, Veneza, Berlim, Viena, Varsóvia e Atenas. Apesar do formato reduzido, as exposições obtiveram um retorno bem-sucedido, variando entre 50 mil e 100 mil visitas por mês. Em maio de 2006, a Anthropos Foundation e a RYP Australia estabeleceram uma parceria para realizar este conceito, que originou a mostra atual.

A exposição - "Leonardo da Vinci - A Exibição de um gênio" está dividida em treze segmentos: "Estudos Anatômicos", "Arte da Guerra", "Máquinas civis", "Códices", "O pai da aviação", "Máquinas Hidráulicas e Aquáticas", "Instrumentos Musicais e Ópticos", "Estudos sobre Física e Mecânica", "A arte da Renascença", "O Homem Vitruviano", "Desenhos da batalha de Anghiari", "Documentário" e "Vídeos em 2D e 3D sobre o Homem Vitruviano e a Última Ceia".

Com 75 máquinas, entre elas, volantes, sistemas de rolamentos de esferas e molas espirais dividem espaço maquetes e modelos em escala original para itens como bicicleta, escavadeira, perfurador, carro de auto-tração e pontes móveis. No segmento bélico, apresentam-se artefatos como catapulta, canhões e tanques, enquanto os projetos aquáticos mostram sua inventividade visionária, trazendo escafandros, equipamentos para respiração e até mesmo um submarino. Entre as contribuições fundamentais para a conquista do espaço aéreo, que incluem o pára-quedas, o deltaplano, o estudo da asa e o anemômetro, está também a própria "máquina-voadora" - um helicóptero de 4m x 4,5m. Por outro lado, sua relação com a música - Da Vinci era conhecido por sua habilidade em tocar a lira e também por dirigir festivais e espetáculos em Milão - originou projetos e preciosidades como o piano portátil, o tambor e a flauta mecânicos.

Detalhados e precisos desenhos de Da Vinci formam o conteúdo de "Estudos Anatômicos"(40), disciplina que desenvolveu ao dissecar mais de trinta corpos - não só para captar a beleza das proporções, como também o fluxo de energia que emanava da figura em movimento. "A Arte da Renascença" exibe reproduções de dez de suas mais famosas pinturas, como a "Mona Lisa" e "A Última Ceia". "Desenhos da Batalha de Anghiari" traz 14 ilustrações retratando a vitoriosa ofensiva de Florença em 1440. "Códices" reúne cinco conjuntos de manuscritos e desenhos que registram diversas épocas da vida de Leonardo da Vinci e seus projetos, com notas, teorias e assuntos superpostos livremente entre as páginas. Em formato 3D, apresentações em telas de plasma sobre o estudo da proporcionalidade divina, em "O Homem Vitruviano" e, em 2D, o estudo em movimento para a criação da "Última Ceia" formam outro setor da exposição, que se completa com dois murais - uma linha do tempo chamada "A Vida e Realizações de Da Vinci" e outro com suas mais importantes citações - e um "Documentário" sobre sua trajetória.



Em cartaz: a partir de 1º de março.

Local: OCA - Parque do Ibirapuera - Portão 03 (1º andar - Acesso para deficientes e Ar condicionado).

Endereço: Avenida Pedro Álvares Cabral, s/nº.

Horários: de segunda a sexta-feira, das 9h às 19h.
sábados, domingos e feriados, das 10h às 20h.

Classificação etária: Livre - menores de 12 anos acompanhados do responsável.

Preço:
R$ 30 - inteira
R$ 15 - meia-entrada
(De 0 a 2 anos - grátis e de 3 a 6 anos - meia-entrada)
Bilheteria da OCA - segunda a sexta, das 09h às 18h30.
sábados, domingos e feriados, das 10h às 19h30