quinta-feira, dezembro 21, 2006

Cross Trainer

Seu conceito é de um patins Off-Road. Para a prática em terreno acidentado e mesmo em locais para patinação. De excelente desempenho da terra à neve. Em paises frios, foi desenvolvido para esquiadores de longa distancia (Nordic Skiers) praticarem no verão.

Bota:

Microfibra, estrutura em material composto (fibra de vidro e resinas), Skeleton Concept II, cano removível, revestimento interno em Lorino TM, tapa parcial de cadarço, fivela com micro ajuste e substituível, cadarços parafinados e proteções anti abrasivas.

Base: Cross Frame, alumínio 7000 de aviação
Rodas: Pneus Powerslide
Rolamentos: Powerslide Rustproof (anti oxidantes).

quarta-feira, dezembro 20, 2006

O espírito do Natal (a caixinha ou o voto)

A caixinha tem um sub-texto. Eles são pobres, são explorados. Você é um privilegiado, estudou e o cacete, agora tem que contribuir. Ok, mas então o pobre tem que me devolver o voto. Explico. Eu acho que ele continua pobre porque o País é comandado por uma besta como o Lula, que não aproveita a maravilhosa oportunidade conferida por um mundo em boom econômico para fazer as coisas que vão tirar o maior número possível de pessoas da pobreza no menor tempo possível. E este mesmo sujeito que vem me extorquir caixinha vota no Lula, que optou por transferir minha renda diretamente para o bolso dele (mesmo sujeito), via aumento do salário mínimo, do Bolsa-Família, desoneração da cesta básica, enquanto eu classe média (que confissão de mau-gosto) tenho que pagar cada vez mais impostos e pagar cada vez mais caro por serviços. A opção rejeitada pelo Lula e pelo pedinte de caixinha é a de usar o imposto arrecadado da minha renda para fazer o país crescer mais rápido.

Ora, então o cara vota no Lula, que manda eu dar meu dinheiro para ele, de uma forma que não vai fazer ele enriquecer por si próprio, e ainda vem me pedir caixinha no final do ano? Vai pra pqp, antes que eu me esqueça.

Das duas uma:
  1. ou eu dou caixinha mas decido como o dinheiro dos meus impostos vai ser usado (e para isto ele tem que me devolver o voto para eu votar contra o Lula), e aí eu vou optar por transferir a grana para ele mesmo, pobre, de um jeito diferente, que vai fazer com que ele deixe de ser pobre aos poucos (educação, infra-estrututra, programas sociais inteligentes);

  2. ou então eu financio compulsoriamente o aumento do salário mínimo, do Bolsa-Família, o inchamento do Estado até quase a grande explosão de merda - isto é, ele e o Lula decidem como vão usar o pedaço da minha renda que eles já estão tascando -, mas não me venham pedir caixinha (e podem ficar com os seus votos e não me encham o saco). Tenho dito!

terça-feira, dezembro 12, 2006

Normal

Um primo da minha mulher, fornecedor de medicamentos e material para hospitais e centros públicos de saúde, conta-me a seguinte história. Tem 300.000 reais e quebrados para receber da prefeitura de uma cidade fluminense há vários meses, e o dinheiro não sai. A secretaria está segurando o pagamento. Na lata, ouve um fiscal dizer que teria de dar 10% de caixinha, 30.000 reais, para receber. Mortificado, diz que aquilo não estava previsto, a venda não fora superfaturada, ia ter prejuízo. É pegar ou largar, sentencia o fiscal. Passa por ali um amigo de outros tempos do fornecedor, agora subchefe da fiscalização. Ele conta o caso, apela, e consegue, no máximo, um desconto pela metade, ouve a justificativa de que é assim que funciona e um conselho: da próxima vez, incluísse o "extra". Diante da minha cara escandalizada, ele resume:

– Normal.

"Normal" tornou-se expressão popular, empregada nos momentos em que deveria haver espanto, e o que vemos é conformação, impotência. Indicação de que a anomalia passou a ser regra. É um meio de o brasileiro conviver com o absurdo. Se alguém exclama "Que absurdo!" quando ouve um caso desses, o que se escuta é: "Normal". Exemplos?

Uma reportagem de televisão mostra o negócio de drogas na entrada da Favela do Buraco Quente, em São Paulo. Os vendedores são adolescentes. Compradores passam de carro, pegam suas trouxinhas e pagam quase sem parar. Tipo drive-thru. Consumidores a pé entram, compram a droga ali no beco mesmo, ao lado da molecada que joga bola. Um garoto de uns 13 anos, revólver em punho, fez o motorista do ônibus mudar o itinerário (é este quem conta), não passar ali pela porta, para não atrapalhar o trânsito da freguesia. Tudo filmado, a polícia sabe.

– Normal.

Presos condenados têm nas celas aparelhos de DVD, televisão e até freezer. Uma reportagem sobre o presídio de Hortolândia mostra que alguns presos têm um ganho extra como "freezeiros": alugam espaço nos seus freezers para outros prisioneiros, ou trocam favores com eles. Absurdo?

– Normal.

Gente que roubou um pacote de manteiga no supermercado ou que foi pega com um boné alheio após uma briga de rua fica mofando na cadeia, enquanto advogados recorrem a formalismos jurídicos para manter em prisão domiciliar assassinos confessos de pessoas indefesas, matadores dos próprios pais ou de namoradas, e ladrões de dinheiro público, mesmo condenados. É justo?

– Normal, cara.

Vemos cenas de hospitais populares com doentes em macas nos corredores ou mesmo deitados pelo chão, à espera de atendimento.

– Normal...

Malandros tomam conta das ruas em torno de escolas, hospitais, casas de shows, estádios, pontos de comércio, teatros, eventos, e extorquem dinheiro dos motoristas que procuram uma vaga para estacionar. Não é, como deveria ser, uma aproximação pacífica, na boa, um pedido jeitoso de uns trocados pela prestação de um favor insignificante. Nada disso. É uma imposição, uma ameaça quadrilheira, algo a que a população se submete para evitar o pior. A polícia sabe, os guardas e fiscais da prefeitura sabem, mas ninguém faz nada para proteger o cidadão. E por quê?

– É normal.

Se um pequeno craque de futebol é muito novo para ser vendido aos clubes estrangeiros, aumenta-se a sua idade com novo registro de nascimento, falsificado. E lá vai ele.

– Normal.

O bandido conta no livro Falcão que, quando a polícia invade a favela atrás do ponto de tráfico, eles correm e se escondem no barraco que quiserem. E a família moradora tem de aceitar. Se não aceitar, ou é obrigada a se mudar da favela ou é morta. É a lei. Está certo isso?

– Normal – justifica o bandido.

E normal é contrabando, pirataria, batalhas entre quadrilhas, jogar lixo pela janela do carro, estacionar em fila dupla, bingo viciado, jogos de azar, roubos de laptops nos aeroportos, pagamento de propina para não ser assaltado... Vivemos uma dolorosa e cruel normalidade.

segunda-feira, dezembro 11, 2006

quinta-feira, dezembro 07, 2006

Infante não morre, vai para o inferno atazanar o capeta

Quando morrer quero ir de Fal ou de Bereta
Chegar no inferno e dar um tiro no Capeta
E o Capeta vai gritar desesperado
Meu Deus do céu tira daqui este Soldado
Quando morrer quero meu ultimo desejo
Ser enterrado numa pista de rastejo
E o coveiro tem que ser um bom guerreiro
Abrir minha cova com granadas e morteiros
e a menina que por mim não choraria
Assobiava a canção da Infantaria

the answer to life, the universe, and everything = 42