sexta-feira, agosto 25, 2006

25 de Agosto. A todos nós, Soldados

Antes de felicitar os soldados, cabe uma reflexão do que seja soldado....

Soldado não é só aquele que calça coturno, tem estrelas ou graduações, medalhas ou porta armas, mas sim, aquele que tem amor à sua pátria, ao chão que nos dá o que comer e às nossas famílias, a todos que falam a mesma lingua – sem com que e qual sotaque – e, têm as mesmas tradições e história, desde que aqui viva ou tenha suas ligações.

Nos pés descalços do caboclo que cavoca o chão para plantar a mandioca que fará a farinha para qualquer mesa do mundo, nos calos da enxda puxada diáriamente ao plantar uma salada para qualquer mesa de um cidadão, aos calos nas mãos do peão que cerca o gado destinado à finas mesas, no suor do carteiro, no sorriso de um vendedor, no afago de uma professora, no apito do sorveiteiro, no sal do pipoqueiro da praça, no varredor de nossas ruas, no cobrador de ônibus, no trabalhador comum e nas donas-de-casa, mães e pais de família...

Esses são os soldados de nossa sociedade e como tais, carregam nossas mais profundas tradições e sentimentos de fraternidade, amizade, camaradagem, como só aquelas afetas às pessoas de bom coração e sentimentos que vê no sorriso de uma criança feliz, alegre, saltitante ou nos olhos rasos de alegria de um senhor de alvos cabelos a ver serenidade de nossa liberdade e zelar e rezar para que isso se sustente e para sempre nos conserve. Essa é a mão amiga que sustenta nossas tradições, nossas vidas, nossas famílias, nossa sociedade e nosso país, cercado pelas extensas fronteiras secas ou as lambidas pelas ondas do oceano...

No braço forte, sustenta-se a nossa sociedade em homens dedicados, sóbrios, atentos e mesmo que precáriamente dotados de equipamentos ou pagas mensais, se sustentam da devoção, do heroísmo, da dedicação em cumprir o nobre papel que lhes competem, calejando os ombros com o pesado fuzil a montar guarda em nossas mais distantes guaritas a ouvir ao longe o clarim da liberdade soprar aos ventos de todos os nossos rincões e rezar para que Deus os tenha e mantenha suas famílias e povo na segurança.

Soldado é ser isso... Mesmo de coturno ou pés no chão, servir à pátria com seu suor, seja como for, fardado ou não, portando armas ou enxadas. Soldado é aquele que vê em sua terra, o destino de seus filhos, netos, vizinhos, amigos e parentes e se solidifica na lisura, na amizade, na simpatia, na honestidade e na esperança de dias melhores e se verga em cumprir o seu papel em benefício de todos, uns produzindo e outros zelando para que esses possam produzir em paz.

Somos todos soldados, desde as primeiras carteiras de escolas de nossas vidas até os doutorados que zelam em trazer ao seu povo dias felizes e mais saudáveis.

No dia 25 de agosto, o clarim parece saudar apenas o soldado fardado, mas não, assim não deve ser, pois somos todos soldados, mesmo não estando prestando continência ou as recebendo, pois de uma forma ou outra, todos lá estamos, dentro de um quartel a prestar continência à nossa pátria, nas mãos de um filho, de um pai, de um sobrinho, de um irmão, de um primo, de um colega, de um amigo ou, de tantas outras mãos, até femininas, que hoje servem nossa pátria por esses rincões afora, em benefício de todos. Que nesse soar de clarim do dia 25 de agosto, toque o coração de todos, desde os Caxias de ontem aos Caxias de hoje, pois todos todos somos soldados, de sangue verde-oliva, azulão ou branco, até os das polícias de nossos estados, de nossas cidades e os de ternos nas delegacias, nos plantões, nas guaritas de quaisquer lugares desse nosso Brasil, pois assim deve ser, para que nossos brasis se solidifique e cada vez mais, sejamos apenas um Brasil, forte, de mão amiga e braço sustentável, mas sem os demais, ditos, “brasileiros”, que insistem em não marcharem conosco e estarem sempre de passos errados, a marchar em direções contrárias e a sorver os suores de nossos soldados em benefício sabe-se lá de quem, pois se prestam à desunião e à desestruturação desse exército enorme de quase cento e noventa milhões de brasileiros que tem na honra, na dignidade, na amizade, fraternidade, na benção divina, os seus reais propósitos de um dia, ouvirem os clarins tocarem por todos os cantos e todos os dias, como se fossem o dia de todos os soldados, livres, unidos, coesos e destinados a uma só marcha: a de fazer nosso país crescer, ser o mesmo a todos e dar as mesmas oportunidades a todos, seja aos meus, como aos seus, aos nossos filhos e demais descendentes.

Feliz dia do soldado a todos nós, bons soldados, pois merecemos esse país que defendemos a cada dia com nossos suores e bons pensamentos ou mesmo, vergando farda, estrelas, graduações, armas ou enxadas e canetas...

Felizes somos se assim se perpetuar, uma nação livre, soberana, simpática a todos os povos e crenças e de boa vivência e vizinhança a quem quer que seja, mesmo aos ruins, e assim, possamos, mesmo que aos poucos, sermos moldados para a nação do futuro, eliminando os que insistem em serem maus e sermos, um dia, só soldados do mesmo pelotão da seriedade e da simpatia e devoção para um Brasil de todos e para todos...

Aos meus filhos de farda, afilhados, sobrinhos, amigos, colegas, companheiros e mesmo todos os irmãos de quaisquer forças ou orgãos de segurança e a todos os demais brasileiros de boa índole e fé, feliz dia do Soldado e, por mais terra que eu percorra, não permita Deus que eu morra sem que um dia, possa ainda ter a certeza de que nesse chão, em se pisando, serão todos felizes e livres!
Parabéns, ó brasileiros de sangue verdadiramente brasileiro, seja de que raça, credo ou nacionalidade for. Você é um soldado brasileiro, desde que pise dentro de nossas fronteiras!

Brasil, acima de tudo!

Carlos ALBERTO Silva
2º Tenenete R/2
Engenharia – Exército Brasileiro/CPOR-SP/1977
E-mail: r2alberto@ig.com.br

segunda-feira, agosto 07, 2006

Prisão-acampamento

Joe Arpaio é o xerife do Condado de Maricopa no Arizona já há bastante tempo e continua sendo re-eleito a cada nova eleição.


Motivo:
  • Ele criou a "cadeia-acampamento", que são várias tendas de lona, cercadas por arame farpado e vigiado por guardas como numa prisão normal.
  • Baixou os custos da refeição para 40 centavos de dólar que os detentos, inclusive, tem de pagar.
  • Proibiu fumar, não permite a circulação de revistas pornográficas dentro da prisão e nem permite que os detentos pratiquem halterofilismo.
  • Começou a montar equipes de detentos que, acorrentados uns aos outros, (chain gangs), são levados à cidade para prestarem serviços para a comunidade e trabalhar nos projetos do condado.
  • Para não ser processado por discriminação racial, começou a montar equipes de detentas também, nos mesmos moldes das equipes de detentos.
  • Cortou a TV a cabo dos detentos, mas quando soube que TV a cabo nas prisões era uma determinação judicial, religou, mas só entra o canal do Tempo e da Disney.
Quando perguntado por que o canal do tempo, respondeu que era para os detentos saberem que temperatura vão enfrentar durante o dia quando estiverem prestando serviço na comunidade, trabalhando nas estradas, construções, etc.

Em 1994, cortou o café, alegando que além do baixo valor nutritivo, estava protegendo os próprios detentos e os guardas que já haviam sido atacados com café quente por outros detentos, sem falar na economia aos cofres públicos de quase US$ 100,000.00/ano.
Quando os detentos reclamaram, ele respondeu:
- Isto aqui não é hotel 5 estrelas e se vocês não gostam, comportem-se como homens e não voltem mais.

Distribuiu uma série de vídeos religiosos aos prisioneiros e não permite quaisquer outros tipos de vídeo na prisão. Perguntado se não teria alguns vídeos com o programa do partido democrata para distribuir aos detentos, respondeu que nem se tivesse, pois provavelmente essa era a causa da maioria dos presos ali estarem.

Com a temperatura batendo recordes a cada semana, uma agencia de noticias publicou:
- Com a temperatura atingindo 116 F, (47 C), em Phoenix no Arizona, mais de 2000 detentos na prisão acampamento de Maricopa tiveram permissão de tirar o uniforme da prisão e ficar só de shorts, (cor de rosa), que os detentos recebem do governo.

Na última quarta feira, centenas de detentos estavam recolhidos às barracas, aonde a temperatura chegou a atingir a marca de 138°F, (60°C). Muitos com toalhas cor de rosa enroladas no pescoço estavam completamente encharcados de suor. Parece que a gente está dentro de um forno, disse James Zanzot que cumpriu pena nessas tendas por um ano.

Joe Arpaio, o xerife durão que inventou a prisão-acampamento, faz com que os detentos usem uniformes cor-de-rosa e não faz questão alguma de parecer simpático.
Diz ele aos detentos:
- Nossos soldados estão no Iraque onde a temperatura atinge 120°F (50°C), vivem em tendas iguais a vocês, e ainda tem de usar fardamento, botinas, carregar todo o equipamento de soldado e, além de tudo, não cometeram crime algum como vocês, portanto calem a boca e parem de reclamar".

Se houvessem mais prisões como essa, talvez o número de criminosos e reincidentes diminuísse consideravelmente.

Criminosos têm de ser punidos pelos crimes que cometeram e não serem tratados a pão-de-ló, tendo do bom e melhor, até serem soltos pra voltar a cometer os mesmos crimes e voltar para a vida na prisão, cheia de regalias e reivindicações.

Muitos cidadãos honestos, cumpridores da lei, e pagadores de impostos não tem, por vezes, as mesmas regalias que esses bandidos tem na prisão.

Texto da CNN sobre o assunto: http://www.cnn.com/US/9907/27/tough.sheriff/

sexta-feira, agosto 04, 2006

Uma imagem...

vale o que mesmo? :-)