terça-feira, julho 25, 2006

Investimento em robótica...

"Na Coréia do Sul, o governo determina que 1% do PIB seja aplicado em pesquisas sobre robótica", lembrou o professor Sadek Absi Alfaro, do Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade de Brasília, em reportagem da Agência Fapesp. Enquanto isso, frisou, "o brasileiro ainda acredita que o robô pode tirar empregos da indústria nacional".

sexta-feira, julho 21, 2006

Fato consumado

Olavo de Carvalho


Uma revolução não consiste em "tomar o poder". A tomada do poder é apenas um elo numa cadeia de transformações que começa muito antes e termina muito depois dela. Uma revolução é um processo complexo, que se estende por décadas e se desenrola com ritmos desiguais, entre fluxos e refluxos, às vezes simulando ter cessado por completo, às vezes precipitando-se em crises espasmódicas que parecem o fim do mundo. Durante muito tempo, a unidade do processo só é visível aos que o planejaram e a uns poucos observadores qualificados. O restante da população se deixa confundir pela variedade polimorfa dos acontecimentos, sem atinar com a lógica por trás da confusão aparente.

Uma das linhas de força essenciais que compõem uma revolução é a lenta e gradativa substituição da ordem legal por um novo critério legitimador, injetado sutilmente, de início, mas depois impondo-se de maneira cada vez mais descarada, até que o apelo à antiga norma se torne reconhecidamente impotente, reduzindo-se a objeto de chacota.

O MST poderia, sem dificuldade, ter-se registrado como ONG e solicitado legalmente a ajuda financeira do Estado. Se não o fez, não foi tanto para escapar à responsabilidade civil e penal, mas por um cálculo estratégico muito preciso: mais importante até do que instituir a violência e o terror como meios válidos de acesso à propriedade da terra era subjugar e usar o próprio Estado como instrumento legitimador do processo. Desde o momento em que o governo federal aceitou financiar com dinheiro dos impostos os crimes praticados por uma entidade legalmente inexistente, inimputável portanto, a antiga estrutura jurídica do Estado cessou de existir. Discreta e impercebida, mas nem por isso menos possante, a nova hierarquia legal que então passou a vigorar baseia-se na imposição tácita da ideologia revolucionária como fonte de todos os direitos e obrigações, revogadas as disposições em contrário. Essa inversão radical do critério de legitimidade é muito mais decisiva do que a subseqüente tomada do poder, que não faz senão dar expressão visível ao fato consumado.

Não há portanto nada de estranho em que um órgão tão representativo do pensamento das elites nacionais como a Escola Superior de Guerra se disponha a ouvir com humildade e respeito as lições do sr. João Pedro Stedile. O chefe do MST é algo mais do que mera autoridade: como primeiro cidadão oficialmente liberado pelo Estado para passar por acima das leis e remoldá-las à sua imagem e semelhança, ele é a célula-mãe, o símbolo gerador, o modelo vivo da nova ordem. A ESG tem mesmo é de bater-lhe continência e, se possível, beijar-lhe os pés, se conseguir erguer-se para alcançá-los.

Em contraste com esse auto-aviltamento masoquista, o brigadeiro Ivan Frota, ao tomar posse na presidência do Clube da Aeronáutica, advertia dias atrás contra "grupos paramilitares extremados, travestidos de 'movimentos sociais', desencadeando uma orquestrada programação de vandalismo indiscriminado, ante a inação e até o velado apoio de autoridades governamentais do mais alto escalão". É sinal auspicioso de que nem todos, nas Forças Armadas, estão contentinhos de viver no "mundo às avessas".

Mas, no mundo civil, proliferam os sinais de adaptação feliz à ordem invertida. O juiz Ricardo Augusto Soares Leite, da 10ª Vara Federal, por exemplo, induzido pelo governo a soltar os 32 baderneiros do MLST, baixou sentença alegando que a culpa pela depredação da Câmara não foi deles, e sim da própria Câmara, que, advertida da chegada dos militantes, não se preveniu contra o ataque.

Pela lógica do magistrado, se eu publicar aqui um aviso de que vou lhe fazer uma visita e ele não contratar de imediato um segurança para proteger sua cabeça oca, estarei no direito de rachá-la a pauladas com plenas garantias de que semelhante truculência não me será imputada judicialmente. A sorte de S. Excia. é que não há nada na sua caixa craniana que valha o esforço de quebrá-la.

quinta-feira, julho 20, 2006

O Simbolismo de 2 Primeiras Famílias!

O simbolismo da primeira família

Comentário da cientista política Lucia Hippolito na Rádio CBN em 25/12/2005


Entre 7 de setembro e 4 de novembro de 1940, a aviação alemã despejou várias toneladas de bombas sobre Londres, numa das mais violentas batalhas da Segunda Guerra Mundial. Durante o que ficou conhecido como a Batalha da Inglaterra, foram 57 noites de puro horror. A população da capital inglesa viveu esses dias inteiramente aterrorizada, dormindo em abrigos e voltando no dia seguinte, para encontrar, no lugar onde tinha sido sua casa, um monte de escombros. A destruição atingiu até mesmo uma ala do Palácio de Buckingham, residência da família real. O rei George VI foi vivamente aconselhado a deixar Londres com sua mulher e suas duas filhas, uma das quais é a atual rainha Elizabeth II. Se a família real se mudasse para o interior da Inglaterra, suas chances de sobreviver às bombas nazistas seriam infinitamente maiores. Nessa hora, ao contrário do que era aconselhado, a rainha ergueu-se como um monumento. Baixinha, gordinha, sem nenhuma importância até ali, a mulher de George VI transformou-se numa leoa, na solidariedade ao seu povo. Não só declarou que ninguém de sua família deixaria a cidade de Londres, como passou a visitar diariamente bairros bombardeados para mostrar que a família real continuava ali, ao lado de seu povo, mesmo na mais tenebrosa adversidade. Com isso, a rainha conquistou para sempre a admiração e o amor dos ingleses. Morreu em 2002, com 101 anos, cercada pela devoção do seu povo. Naqueles dias de 1940, a família real inglesa demonstrou absoluta lealdade à sua gente. A população de Londres não foi abandonada. Na mais dura prova até então vivida por uma grande cidade, os londrinos tiveram ao seu lado o seu rei, sua rainha e seu governo.

A primeira família, seja na realeza ou na República, é sempre simbólica. Ela é uma transmissora de valores, de adesão às marcas nacionais. Seus atos apontam caminhos, soluções e possibilidades. O exemplo que ela dá revela seu compromisso com o país e seu futuro.

Tudo isso me vem à lembrança quando leio nos jornais que no Brasil a esposa do presidente da República solicitou e conseguiu de um governo estrangeiro cidadania para ela, seus filhos e seus netos.

A mulher do presidente Lula, seus filhos e netos são hoje também cidadãos italianos.

O que será que isto quer dizer?

Como é que esta atitude será interpretada pela maioria dos brasileiros, que não querem fugir do país e que tentam, todo santo dia, fazer do Brasil um país melhor?

Como o Brasil espera inspirar confiança nos investidores estrangeiros, quando a família do presidente da República já conseguiu para si mesma uma rota de fuga do país?

Em tempo:

Vale recordar que Dona Marisa Letícia (assim mesmo, agora ela o usa os dois nomes, "para ficar mais formal") andou se justificando com asnina sinceridade: segundo ela, o pedido de cidadania italiana foi para "garantir aos filhos um futuro mais seguro".


Ela deve saber qual futuro seu marido está construindo...

segunda-feira, julho 10, 2006

Linguagem de programação anima festas britânicas

Um novo tipo de DJ está transformando programação em performance. Adeptos do "Livecoding" improvisam usando Perl, C++ ou arquiteturas de programação próprias para criar composições a partir do zero, substituindo instrumentos e samples pela autoria de código em tempo real diante de uma platéia.

Alex Maclean, um "livecoder" britânico e estudante de arte, afirma ter desistido de sua guitarra quando descobriu que poderia ser mais criativo usando linguagem de programação de computadores no lugar de cordas. Ele toca digitando código Perl em raves e boates, criando uma experiência musical e visual única.

As sessões com bateristas, MCs e outros "livecoders" podem ser comparadas à improvisação característica do free-jazz, afirma um artigo na Wired News.

Maclean escreveu seu próprio editor de texto, chamado Feedback.pl, que recompila seus programas continuamente através de um computador dedicado. Cada toque em uma tecla constrói uma melodia enquanto o cursor adiciona e substitui funções e variáveis de tempo. O processo de composição é projetado em telões.

Os "livecoders" formaram um grupo internacional chamado TOPLAP, que já conta com 200 membros. Para eles, as performances são um "desafio filosófico". Enquanto alguns preferem linguagens populares como Perl, outros preferem criar sua própria linguagem. Plataformas de código aberto como SuperCollider e Chuck, escrita no Laboratório de Sons da Universidade de Princeton, ganham o status de uma guitarra Fender entre os entusiastas do teclado.

No festival LiveCoda em Melbourne, na Austrália, uma multidão se reuniu em maio para ver times de graduandos em ciência da computação competir para debugar algoritmos de compressão de imagens em uma tela gigante, acompanhados por DJs.

Nos últimos meses o movimento tem ganhado cada vez mais adeptos ao redor do globo, especialmente entre os fãs de música eletrônica.

segunda-feira, julho 03, 2006

Dormindo profundamente

Texto de Olavo de Carvalho

Alguns leitores reclamam que descrevo o problema mas não indico solução. Sabem por que faço isso? É que as únicas soluções possíveis são tão difíceis e remotas que só de pensar nelas a visão do problema se torna ainda mais insuportável. Cada vez que volto ao assunto ecoa na minha memória o verso de Manuel Bandeira, o mais triste da literatura universal, que resume a história do Brasil nas últimas décadas: “A vida inteira que poderia ter sido e que não foi.”

Em 2002, numa reunião internacional (v. http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=4960), os estrategistas da revolução latino-americana já haviam chegado à conclusão de que nenhuma força de direita tinha condições de erguer-se para enfrentá-los. Desde então o poder da esquerda veio crescendo formidavelmente, especialmente no Brasil, e seus eventuais adversários não fizeram senão ceder terreno, acomodar seu discurso ao do inimigo, abdicar de toda identidade ideológica e gastar energias preciosas em alianças debilitantes, em campanhas de bom-mocismo sem teor ideológico e em esforços eleitorais perfeitamente fúteis.

É claro que antevejo soluções. Mas tenho a quase certeza de que ninguém vai colocá-las em prática. Todos os que poderiam fazê-lo estão demasiado fracos, demasiado sonsos para poder reagir. Oito, dez anos atrás andei sugerindo soluções. Falei a empresários, políticos, religiosos, intelectuais, militares. Em geral não consegui persuadi-los nem mesmo de que havia um problema – o mesmo problema sob cujo peso agora estão gemendo. Todos, sem exceção, avaliavam a situação baseados somente no que liam na mídia, prescindindo solenemente de qualquer conhecimento das fontes diretas, da bibliografia especializada ou mesmo dos clássicos do marxismo. E julgavam com uma segurança, com uma pose! Uns confiavam nos seus galões, outros no seu saldo bancário, outros nos seus diplominhas da USP como se fossem garantias de infalibilidade, incomparavelmente superiores a décadas de estudo e montanhas de documentos. Uns diziam que eu estava açoitando cavalos mortos, outros estavam tão despreocupados que tinham tempo para criticar detalhes de estilo que os incomodavam nos meus artigos, outros, ainda, davam-me conselhos jornalísticos, recomendando-me temas mais agradáveis para conquistar os coraçõezinhos das leitoras em vez de assustá-las com advertências apocalípticas. Assim o tempo passou. Acabei-me recolhendo à minha insignificância, e hoje me dedico à função que me resta: analisar o mais objetivamente possível a agonia do Brasil, para uso dos futuros historiadores. Larguei a prática da medicina de urgência para dedicar-me ao estudo das patologias terminais. É um assunto inesgotável e, para quem observa o moribundo de longe, interessantíssimo. Se eu estivesse no Brasil, morreria de depressão. À distância em que estou, a melancolia do declínio se torna quase uma experiência estética.

Vou lhes dar só um exemplo de como a esquerda está adiantada na conquista de seus objetivos e a direita, ou o que resta dela, ainda nem começou a se dar conta do estado de coisas.

No fim dos anos 70, o presidente Jimmy Carter, fiel às diretrizes do CFR, decretou que a melhor maneira de combater o avanço do comunismo na América Latina era apoiar a “esquerda moderada”. Quem conhece a figura sabe precisamente o que ele queria dizer com isso: tratava-se de fomentar o comunismo alegando combatê-lo. Os brasileiros estão (até hoje) tão por fora do que acontece nos EUA, que a simples hipótese de um presidente americano pró-comunista ainda lhes parece absurda e fantasiosa. Falta-lhes o conhecimento de pelo menos setenta anos de história. Ainda nem se tocaram de que o braço-direito de Franklin D. Roosevelt em Yalta era um espião soviético, de que na gestão Truman o Departamento de Estado foi entregue a um advogado chiquíssimo cujo escritório representava oficialmente o governo da URSS nos EUA, de que todas as acusações de espionagem nos altos círculos lançadas pelo senador Joe McCarthy acabaram sendo confirmadas (com uma única exceção) e de que, enfim, o lugar mais seguro para os comunistas, depois da redação do New York Times, é o governo americano. É horrível conversar com pessoas que, precisamente por não saber nada, acreditam saber tudo. Principalmente quando elas têm dinheiro bastante para pagar consultores que as conservam na ilusão.

Graças à ação conjugada da ignorância e dos consultores, até hoje o empresariado brasileiro acredita piamente na lenda esquerdista de que os americanos deram o golpe de 64 e não sabem que a verdade é precisamente o contrário, que o governo de Washington não ajudou em nada a criar o regime militar mas sim foi o principal responsável pela sua destruição. “Fortalecer a esquerda moderada” significava, desde logo, eliminar a direita, radical ou moderada, como alternativa válida ao esquerdismo. A morte da direita nacional foi decretada por Jimmy Carter, pelo CFR e pelas fundações Ford e Rockefeller (peço que consultem os meus artigos http://www.olavodecarvalho.org/semana/060611zh.html e http://www.olavodecarvalho.org/semana/060605dc.html para esclarecimentos de ordem teórica). O programa foi cumprido à risca, com sucesso total. Como a política de Washington para com a América Latina não mudou substancialmente desde então (exceto parcialmente e por breve tempo na gestão Reagan), e como a atuação das fundações bilionárias em prol da esquerda continental se intensificou enormemente nas últimas décadas, a direita brasileira não só perdeu qualquer apoio americano residual mas ainda nem sequer se deu conta do tamanho dos inimigos que a cercam e estrangulam hoje em dia.

A esquerda encobriu tão bem essas informações elementares, essenciais para a compreensão do que se passa no Brasil, que até agora elas são radicalmente ignoradas por quem mais precisaria delas. Refiro-me especialmente ao empresariado. Os militares, por sua vez, não desconhecem os fatos, mas, bem trabalhados por agentes de desinformação, interpretam tudo às avessas: enxergam os Carters e os Clintons como agentes do “imperialismo americano” (e não do globalismo anti-americano) e acabam sendo levados pela tentação de se aliar à esquerda para se vingar das humilhações sofridas pelas forças armadas nas últimas décadas. Os aplausos dos homens de farda à recem-constituída “Comissão de Defesa das Forças Armadas” – mais um ardil da esquerda inventado para integrar as nossas tropas na revolução chavista – mostra que o horizonte de consciência dos nossos militares, pelo menos os de comando, é tão estreito quanto o do empresariado.

Entre a esquerda e a direita, no Brasil, não há só uma monstruosa desproporção de forças: há um desnível de consciência imensurável. De um lado, informação abundante e integrada, intercâmbio constante, flexibilidade estratégica, conhecimento e domínio dos meios de ação. Do outro, fragmentos soltos mal compreendidos, amadorismo bem pago, opiniões arbitrárias e bobas voando para todo lado, desperdício das últimas energias em esperanças eleitorais insensatas e projetos “anti-corrupção” ideologicamente inócuos, facilmente absorvidos e instrumentalizados pela própria esquerda. Os esquerdistas absorveram profundamente o preceito de Sun-Tzu: conhecer o inimigo melhor do que ele conhece você. A esta altura, o general chinês, se consultado por algum direitista brasileiro interessado em “soluções”, responderia: “Não converso com defuntos.” Por que eu deveria ser menos realista que Sun-Tzu?

A direita não está somente esmagada politicamente sob as patas da esquerda. Está dominada psicologicamente por ela, ao ponto de repelir com ojeriza a simples hipótese de fazer algo de efetivo contra a adversária. Exemplo? Façam a lista de todas as ONGs, departamentos do governo, cátedras universitárias, empresas de produções artísticas e órgãos de mídia empenhados, há trinta anos, em investigar, divulgar e ampliar até dimensões extraplanetárias os crimes reais e imaginários da “direita”. A quantidade de dinheiro e mão-de-obra envolvida nisso é incalculável. Agora experimentem ir falar com algum empresário soi disant liberal ou conservador, e sugiram ao desgraçado fundar uma ONG, mesmo pequenininha, para informar o público sobre torturas e assassinatos de prisioneiros políticos em Cuba, sobre os feitos macabros das Farc e do MIR, sobre as conexões entre esquerdismo e narcotráfico. A resposta é infalível: ou o sujeito rotula você de extremista, de louco, de fanático, ou desconversa dizendo que não se deve tocar em assuntos indigestos, que é mais bonito circunscrever-nos a assuntos inofensivos de economia e administração. Se um dos lados tem o monopólio do direito de fazer a caveira do outro, e o outro ainda reconhece esse monopólio como legítimo e inquestionável, a briga já está decidida. A própria direita concede à esquerda o direito de matar, torturar, ludibriar, e ainda posar de detentora exclusiva das mais altas qualidades morais. Depois disso, que alternativa resta aos partidos direitistas, senão tornar-se subseções dos de esquerda? Vejam o PFL. Esse partido, que um dia chegou a ter alguma perspectiva de futuro, se autodestruiu mediante sucessivas alianças com a “esquerda moderada” tucana. Em vez de afirmar sua independência, de reforçar sua ideologia, de criar e expandir a militância, preferiu dissolver-se em troca de carguinhos que só lhe davam o poder de fazer o que o sócio mandasse. A experiência de mais de uma década não lhe ensinou nada. Continua ingerindo doses cada vez maiores do remédio suicida.

Querem soluções? Elas existem, mas os homens influentes deste país, tão logo acabem de ler a lista, já vão querer atenuá-las, adaptá-las ao nível de covardia e preguiça requerido para ser direitistas “do bem” ou então diluí-las em objeções sem fim até que se transformem nos seus contrários, mui dialeticamente.

Se querem saber, essas soluções são as seguintes:

1. Aceitar a luta ideológica com toda a extensão das suas conseqüências. Não fazer campanhas genéricas “contra a corrupção”, salvando a cara do comunismo, mas mostrar que a corrupção vem diretamente da estratégia comunista continental voltada à demolição das instituições.

2. Criar uma rede de entidades para divulgar os crimes do comunismo e mostrar ao público o total comprometimento da esquerda atual com aqueles que os praticaram. A simples comparação quantitiva fará o general Pinochet parecer Madre Teresa.

3. Criar uma rede de ONGs tipo media watch para denunciar e criminalizar a desinformação esquerdista na mídia nacional, a supressão proposital de notícias, a propaganda camuflada em jornalismo.

4. Desmantelar o monopólio esquerdista do movimento editorial, colocando à disposição do público milhares de livros anticomunistas e conservadores que lhe têm sido sonegados há quatro décadas.

5. Formar uma geração de intelectuais liberais e conservadores habilitados a desmascarar impiedosamente os trapaceiros e usurpadores esquerdistas que dominaram a educação superior e os órgãos de cultura em geral.

6. Formar e adestrar militância para manifestações de rua.

7. Durante pelo menos dez anos enfatizar antes o fortalecimento interno do movimento do que a conquista de cargos eleitorais.

8. Criar um vasto sistema de informações sobre a estratégia continental esquerdista e suas conexões com os centros do poder globalista, de modo a esclarecer o empresariado, os intelectuais e as Forças Armadas.

Essas são as soluções. Tudo o mais é desconversa. Ou os brasileiros fazem o que tem de ser feito, ou, por favor, que parem de choradeira. Que aprendam a morrer com decência. Se o Brasil cessar de existir, ninguém no mundo vai sentir falta dele. E se todos os brasileiros não inscritos no PT, no PSOL, na CUT e similares entrarem na próxima lista de falecidos do Livro Negro do Comunismo, talvez só eu mesmo ache isso um pouco ruim. Em todo caso, o fim do Brasil não vai abalar as estruturas do cosmos. Os esforços da direita nacional para a conquista da perfeita inocuidade estão perto de alcançar o sucesso definitivo. Quem em vida se esforçou para não fazer diferença, não há de fazer muita depois de morto.

Se escrevo essas coisas no jornal da Associação Comercial, faço-o com dupla razão, porque vejo o esforço dessa entidade para fazer alguma coisa com bravura num país onde todo mundo está procurando um lugarzinho para se esconder em baixo da cama e até a mulher do presidente já tratou de se garantir com um passaporte italiano. Assisto aos vídeos daqueles combatentes reunidos no seminário “Liberdade, Democracia e o Império das Leis”, e me pergunto: Cadê o resto do país? Cadê os donos da mídia, que lambem os sapatos dos comunistas aos quais entregaram suas redações? Cadê os banqueiros, que têm um orgasmo a cada novo aumento dos impostos e sabem que lucram com a destruição da liberdade, da segurança, das leis? Imaginam por acaso que trogloditas capazes de depredar o Congresso vão, miraculosamente, respeitar amanhã as sedes dos bancos privados? Cadê os homens da indústria, que estão de quatro, sem fôlego, e ainda insistem em bajular seus algozes? Cadê a Igreja Católica – ou a entidade que ainda leva esse nome --, autotransfigurada em órgão auxiliar do Foro de São Paulo? Cadê a tal “classe dominante”, cuja única ocupação nas últimas décadas é deixar-se dominar? Cadê os militares, cujo mais alto sonho de glória parece ser a aposentadoria sob as asas do Estado previdenciário socialista? Pergunto isso ao vento, e a resposta vem em outro verso de Manuel Bandeira:

“Estão todos dormindo, dormindo profundamente.”

E agora, pátria do futebol?

E agora, pátria do futebol? Do carnaval, da corrupção...

Tenho testemunhas do que disse a algum tempo: torço para a seleção brasileira, mas seria bom que perdêssemos. Calma, sou brasileiro e nacionalista ao extremo. Sou como aquela mulher apaixonada: não admito que falem mal de meu marido, mas eu posso falar, pois eu o amo e quero o melhor para ele...

Na semana antes do inicio da copa, estava lá, sentado sobre o asfalto a desenhar sobre a rua, algumas coisas para alegrar as pessoas e poder, se fosse possível, comemorar o hexacampeonato, mas percebi uma coisa: a garotada que estava alí, junto a mim a ajudar a pintar o chão negro, via naquilo, na seleção, as esperanças de suas vidas. Sim, é verdade: a esperança de suas vidas! Fiz algumas perguntas e alguns deles mal sabia quem era nosso presidente, quanto é três vezes nove, quem era Machado de Assis ou Monteiro Lobato, se sabiam quem era o nosso militar que foi à lua, enfim, quem era o Brasil... E eles não sabia,m mas sabem quem são os Ronaldos, o Robinho, o Roberto Carlos, o Dida, o que era o Corinthians, o São Paulo, Santos e a fraca Portuguesa...

Fiquei decepcionado, pois isso mostra em que mãos estamos nós, os futuros velhos desse pais: nas mãos de quem? De frustrados pretensos jogadores de futebol quê, sem o futebol, não têm perspectivas nenhuma de vida e podem cair nos caminhos tortuosos das facilidades oferecidas pelo crime! Duvidam? Eu não, pois ví e vejo isso claramente em nossas ruas: jovens a zanzar por ruas e praças sem eira e nem beira à procura de um futuro. Minto, de algo que possa fazer com que possa sobreviver hoje, pois o amanhã, nem sabem se ainda estarão por aqui, pois o crime lhes rondam e fazem companhia diuturnamente.

Ouvi que um dos jogadores da França disse que o Brasil sabe jogar futebol porque os brasileiros não estudam, só jogam futebol. Isso é a verdade? Parece que sim.
Infelizmente.

Vi esses dias um edital de concurso para professores para a cidade de Porto Velho (RO) e vi que os salários eram de pouco mais de R$ 300,00... E nossos jogadores devem ganhar milhões de reais, por semana, ou até em menos tempo... Vocês sabem quanto ganha um soldado do exército, um funcionário público compulsório? Menos de R$ 300,00... Um médico do SUS? Um dentista? Um coronel, um advogado, um fisioterapeuta? Acho que devem saber como é difícil e caro fazer seus filhos estudarem e terem uma dessas profissões

Mas sabem quanto ganha um político e de como podem gastar tanto para lá estarem e depois receberem o que acham pouco? Acho que não, não é mesmo? E ganha o Galvão Bueno que faz as suas médias e passou a vida ganhando sobre o tema futebol? E mais os outros, que se empuleram nos microfones de nossas televisões e rádios a transmitirem besteiras que desvirtuam nosso povo? E nossos próprios jogadores que, não tirando os méritos deles, só estão onde estão, porque deram sorte na vida pois muito deles saíram de favelas e de vidas quase que perdidas, pois não tiveram outro caminho de vida a não ser o futebol e graças a Deus, deram certo, pois muitos outros, milhares de milhões, caíram pelo caminho... Caíra, caem e cairão, pois estão soltos à própria sorte, pois nada lhes dão as oportunidades da vida. Nada e ninguém. Nada, ninguém e nem o governo. Nada, ninguém, nem o governo e nem um plano estrutural para o desenvolvimento sócio, cultural, intelectual e profissional dos brasileiros.

Os que deram sorte, foi às custas de suas próprias sorte.

Sorte e perseverança, mas nada os fez colaborar em seus caminhos, pois o governo é corrupto, larápio e depois, quando os vencedores aparecem, viram exemplos de cidadania, mas o governo não lhe deu, em nenhum momento, modelos de cidadania a seguirem...

Doutores de diversas áreas mal tem recursos para desenvolverem suas pesquisas e de transmitirem seus conhecimentos, de serem professores a seus concidadãos; bandidos com mais destaques na mídia do que o nosso astronauta; professores ganhando menos do um mero vendedor de cd´s piratas na Santa Ifigênia; cabeças se perdendo para o exterior, pois lá podem ganham o sustento de suas famílias; bolsa salário, bolsa família, bolsa gás de cozinha, cotas para negros e índios... Que país de contrastes é esse, onde tem áreas que nem energia elétrica tem e em outras, vislumbram altas tecnologias. País onde muitos são desdentados enquanto outros vivem de camarão e champanhe...

Não, não precisamos de uma revolução, mas revolucionar o que precisamos e queremos menos distancias entre nossas distancias!

Queremos uma revolução moral, social, digna, clara, límpida e honesta, mas só feita por homens assim, que não tenham a honestidade como currículo, mas sim, encravada em suas peles, em sua essência, já nascida juntamente com o seu sangue, pois honestidade, moral e honra, não se mede, ou tem ou não se tem. Isso não é coisa de constar em seus predicados, mas em sua essência.

Precisamos de homens no poder que possam reconhecer o poder: o povo! O povo que tem o poder de fazer nossa pátria não só o pais do futebol, da maior parada gay do mundo, do carnaval, do esculacho na política, dos desleixos em nossas instituições e recursos, nos desprezo por nossos brasileiros menos favorecidos em educação, saúde, assistência social e seguridade social. Vejam nossos aposentados, que sofrem nas filas por um atendimento ou melhoria em seus benefícios ou correções dos mesmos

Vamos mudar isso, Brasis! Vamos mudar e ser um único Brasil!

Não devemos viver de bola, bundas rebolando, escárnios políticos, desavenças entre os poderes da república...

Vamos ser um país para os brasileiros e tomar conta de nossa terra, de nossos recursos, de nossas riquezas, de nossa gente, e ter sim, o futebol, o carnaval, os nossos sonhos e alegrias, mas antes, crescer, ser grande para eles todos.

Na Argentina, país com menos de oitenta milhões e menos terras bonitas que a nossa, recebe mais de 40% de turistas do que o Brasil. Lá, nos chamam de “macaquitos”... Temos menos dinheiro do que muitos país, só crescemos mais do que o Haiti em toda a América Latina e ainda assim, perdoamos dividas de muitos países que nos devem e muitos outros, vivem a nos enforcar com as cobranças de nossas dívidas.

Como pode um devedor perdoar dividas?

Devemos explorar nossas potencialidades energéticas, agrícolas e tecnológicas e dar empregos anossos jovens.

Brasis! Cresçam, unam-se e vamos lutar contra os brasis que nos fazem engolir e sermos o nosso Brasil que tão sofridamente almejamos, senão, a cada instante surgirão novos brasis e cada vez mais perdemos o nosso Brasil com essas diferenças e só apostando no futebol, no samba, nas festas e desprezando o conhecimento, a educação, as nossas instituições e deixando para nossos filhos e netos um caldeirão em ebulição e não um caminho seguro e certo a ser seguido.

Acorda, Brasil!

E agora, com nossa derrota na copa do mundo, o que vai se nosso país, o pais do futebol? Vocês devem sabe o que acho disso.

Teve um jogador da França que disse que o brasileiro sabe jogar futebol porque não vai à escola... Saibam, sou brasileiro, nacionalista, mas essa derrota deveria ser o marco para mudanças.

Nada de sermos o país do futebol, o país da maior festa gay do mundo, o país do samba, o país do carnaval, do sexo, da ladroagem e do jeitinho...

Só queria um Brasil p/ nós todos. Foi ruim, mas espero que seja bom...