terça-feira, maio 30, 2006

O trambique desce redondo



Suspeito de que pouca gente tenha prestado atenção ao retrato acabado do brasileiro que está no ar nos comerciais, embutido em anúncio da cerveja Skol. Para quem não viu ou não prestou atenção, um resumo: um torcedor brasileiro vê a Argentina jogar contra o Brasil e, latinha de cerveja na mão, diz que, com a Skol, tudo desce redondo, inclusive o jogo. A partir daí, as traves ficam redondas e móveis. Sempre que a Argentina está para marcar um gol, elas saem da posição egulamentar, e o gol é perdido. É a sacramentação pública do trambique, da falta de respeito às regras, regrinhas simples, básicas. Quando se festeja a quebra de uma regra, fica implícito que todas podem ser quebradas -e usualmente o são no Brasil. É a apologia do crime, pequeno crime, mas crime, como os brasileiros praticamos diariamente ao invadir a faixa do pedestre, ao ultrapassar pela direita, ao estacionar em fila dupla, ao subornar o guarda para evitar a multa. Fico na lista de pequenos crimes para não aporrinhar o leitor com os grandes crimes que ele lê todo santo dia, não só nas páginas policiais mas também (ou principalmente) nas páginas políticas. Note o leitor que estamos falando de futebol, uma das raríssimas atividades em que o brasileiro é universalmente competitivo. Não precisa de traves móveis para ganhar da Argentina ou de quem quer que seja. Mas o espírito do malandro cretino é esse mesmo: melhor sem esforço, com ajuda da maracutaia, do que empenhar-se para fazer valer o talento natural. Note também que estamos falando de publicidade, outro ramo em que o brasileiro é com folga dos melhores do mundo. Se os melhores louvam o trambique, os medianos e os piores farão o quê? Aderir ao PCC, lógico.

terça-feira, maio 16, 2006

Profissional de computação "passeia" por várias áreas

A culpa é deles. Claro que não estão sozinhos na empreitada, mas são um dos responsáveis pela quantidade --e qualidade-- de tecnologia que nos cerca. O cientista da computação está presente nos mais diversos setores da produção, da agricultura à música.

Criador de softwares (programas para computadores, como editores de imagens ou de sons), o bacharel em ciência da computação é a pessoa que faz, ao lado de quem cursou engenharia da computação ou sistema de informação, a migração de métodos manuais de trabalho para a informatização e a automação.

"Hoje, como tudo envolve computação, comunicação e informação, o campo de atividade é variado. Pode-se trabalhar com jogos eletrônicos, com softwares para celular, para equipamentos eletrônicos, para lojas, com sistemas médicos e com som e imagens digitais", enumera Roberto Ferrari, coordenador do curso de ciência da computação da UFSCar.

Dentre todas essas possibilidades, o cientista da computação Rafael Piccolo, 24, conseguiu uma vaga no mercado de trabalho em uma empresa que desenvolve softwares para a área de saúde.

De acordo com ele, os programas que desenvolve controlam da entrada do paciente no hospital à folha de pagamento. "É um software que faz tudo isso, mas cada área do hospital tem acesso para entrar apenas no seu setor. Quem programa isso é o cientista da computação", afirma Piccolo.

Mas a tarefa de espalhar a tecnologia para todos os cantos não é restrita ao cientista da computação. A revolução digital conta também com outros paladinos, como o engenheiro da computação e o profissional graduado em sistema de informação. "Só com a formação de bons profissionais é que melhoraremos a qualidade do software brasileiro", diz Maurício Nacib Pontuschka, coordenador do curso na PUC-SP.

Em uma analogia à indústria automobilística, segundo Edson Norberto Cáceres, diretor de Educação da Sociedade Brasileira de Computação, o cientista e o engenheiro projetam o carro, já quem cursou sistema de informação monta o veículo.

Formação

O contato estreito com computadores, na maioria das vezes, é um dos principais fatores que levam os estudantes ao curso de ciência da computação. No entanto vale um alerta feito por professores da área: na graduação, não basta apenas gostar de computadores, é necessário muita habilidade em matemática.

"Na UFSCar, os alunos estudam matemática nos três primeiros semestres. Isso os ajuda a desenvolver o raciocínio abstrato, auxilia no desenvolvimento de programas e no estudo da computação gráfica", afirma Ferrari.

A matemática, principal arma do cientista da computação, é também uma armadilha para os universitários. Por causa dela, muitos estudantes desistem do curso. "A desistência é alta, porque eles sabem que sem a matemática não dá para ser um bom profissional", diz Cáceres.

Em compensação, aqueles que superam os entraves com a disciplina e se formam obtêm uma renda inicial, na capital paulista, de R$ 2.500, em média.

segunda-feira, maio 15, 2006

Novo tipo de casa na árvore


A companhia de design britânica Sybarite desenvolveu o conceito de uma casa na árvore modular que, segundo a empresa, poderia encorajar uma maneira mais natural de se viver. O plano é pré-fabricar módulos da casa, oferecendo a opção entre uma moradia de apenas um quarto ou seguir adicionando novos módulos até uma residência de cinco quartos.

A idéia da casa na árvore é baseada num conceito ecológico segundo o qual materiais leves recicláveis são utilizados na construção da residência, que fica situada no alto das árvores. Sob a casa, haveria o que a companhia chama "deflatores cinéticos ondulantes", que usam o poder do vento para gerar energia.









quinta-feira, maio 11, 2006

Sutiã e taxa de natalidade

Uma empresa japonesa de lingerie lançou sutiã para estimular a, digamos, reprodução humana. A peça é parte de uma campanha denominada "Acabe com a queda da taxa de natalidade" e traz imagens de crianças tomando conta de idosos.

Defendo a nobre causa, mas acho que um modelo com rendas e transparências pode ser muito mais eficiente para estimular a reprodução... rsrsrs

segunda-feira, maio 08, 2006

duas sociedades

"Vivemos duas sociedades. A da informação, que privilegia o racionalismo, pragmatismo, conforto físico e inteligência racional. Outra, a existencial, valoriza histórias vividas, emoções individuais, conforto espiritual e inteligência emocional."