domingo, março 19, 2006

As esquerdas e o ódio aos eucaliptos

As esquerdas odeiam eucaliptos . Descobri isto há uns bons trinta anos. Eu vivia em Florianópolis e passeava pela ilha com uma amiga que havia descoberto o marxismo, depois de velha, em Berlim. Ao passarmos por um "caliperal", como dizem os ilhéus, ela me bombardeou com invectivas contra os eucaliptos. Que era uma árvore alienígena, que destruía a flora nativa, que destruía a agricultura, só faltou dizer que era uma árvore imperialista. Eu, que havia nascido sob frondes amigas de eucaliptos, que sinto cheiro de infância quando esmago folhas de eucalipto nas mãos, estava perplexo. Seu ódio aos eucaliptos nascera em Berlim, nos anos 70. Não por acaso, na época em que a pasta de celulose derivada do eucalipto surgira pela primeira vez em escala industrial. Em conversas ocasionais com gente de esquerda, sempre constatei esta ojeriza aos eucaliptos. Antes de a indústria da celulose tê-los descoberto, ninguém os odiava.


Duas mil mulheres de um movimento ligado ao MST, o tal de Via Campesina, comemoraram o Dia Internacional da Mulher destruindo um laboratório e um viveiro de mudas de eucaliptos da Aracruz Celulose em Barra do Ribeiro (RS). Vinte anos de pesquisa e alguns milhões de dólares foram jogados ao lixo. Último resquício aguerrido de um marxismo que já é cadáver em países desenvolvidos, o MST desde há muito tenta empurrar o País rumo às trevas dos regimes comunistas. As viúvas do comunismo alegam que o eucalipto estaria transformando o campo em um deserto verde. O oxímoro é típico de europeu, que não conhece a geografia do Sul. A pampa gaúcha, uruguaia e argentina sempre foi um deserto verde e jamais ocorreu a celerado algum destruir a pampa. Felizes os povos que desfrutam de desertos verdes.


Não por acaso, assessoravam as invasoras representantes da Noruega, Canadá e Indonésia, mais um representante do País Basco, que atende pelo basquíssimo nome de Paul Nicholson. Em Porto Alegre, planejaram a depredação hospedados no hotel Sheraton, sob as barbas do governo gaúcho, ora ocupado interinamente por um arrivista oriundo do PT, que nada fez nem nada fará para punir os apparatchicks estrangeiros. Mas que têm a ver estes senhores das antípodas com pesquisas sobre eucaliptos no Rio Grande do Sul?


Antes da resposta, ouçamos o deputado marxista Roberto Freire, para quem o MST pode ser tudo, menos comunista. "O comunismo é filho do iluminismo, uma corrente de pensamento que acredita no progresso da ciência como forma de minorar os males da humanidade. Destruir lavouras experimentais e laboratórios científicos nada mais é do que obscurantismo."

O deputado mente descaradamente. O marxismo sempre foi inimigo da ciência e do progresso da ciência. Roberto Freire não nasceu ontem e sabe muito bem quem foi Trofime Denisovitch Lyssenko, o agrônomo que pretendeu submeter os genes ao pensamento dialético de Marx. Através de experiências truncadas com pinheiros e rutabagas, proclamou que a aparição de caracteres novos transmitidos pelo organismo à sua descendência depende do meio, isto é, que os caracteres específicos adquiridos podem ser deliberadamente transmitidos. Sua ascensão foi imediata e ele se tornou presidente da Academia de Ciências Agronômicas. A ciência se divide então entre ciência burguesa e proletária. Finalmente a genética fora liberada do império da política reacionária. Os "mencheviques idealistas" que não aprovavam os resultados foram excluídos da Academia, transferidos e mesmo deportados para a Sibéria. A menos que reconhecessem publicamente seus erros. Stalin reconheceu o embuste como verdade de Estado e os comunistas de todos os países do mundo adotaram os absurdos de Lyssenko como artigos de fé. Pena que os gens não estavam de acordo com a doutrina de Lyssenko. A agricultura soviética nos anos 40 foi pras cucuias.

Filho do iluminismo terá sido também o marxismo de Mao Tse Tung, que promoveu nos anos 60 a "grande caçada aos pardais". Segundo o Grande Timoneiro, o pardal seria o vilão das deficiências da agricultura chinesa. A brilhante mente científica de Mao ordenou a milhões de chineses que perseguissem os pardais batendo latas e tambores, para que não repousassem um segundo, o que os levou à morte por exaustão. Com o pássaro quase extinto, os insetos aproveitaram o campo livre e destruíram a lavoura. A fome se abateu sobre a China provocando a morte de milhões de chineses.

Que não venham velhos comunistas falar de filiações iluministas. O marxismo, como toda religião dogmática, sempre foi hostil à ciência. Prova disto são as constantes invasões e depredações de laboratórios e culturas transgênicas promovidas pelo MST. Métodos científicos sempre facilitarão a agricultura, exatamente o que os comunistas não querem, para não perder a bandeira.

Volto aos eucaliptos. Entre as espécies utilizadas para a produção de celulose, o eucalipto é hoje a mais rentável. Seu ciclo de crescimento é de sete anos, em contraposição às coníferas do litoral americano, que levam quase um século para amadurecer. O choupo, outra matéria-prima da celulose americana e canadense, só atinge sua altura plena após 15 anos. Se as florestas dos Estados Unidos rendem entre dois e três metros cúbicos madeira por ano, as cultivadas pela Aracruz rendem, no mesmo período, 45 metros cúbicos. Ou seja, a indústria da celulose a partir do eucalipto é extremamente competitiva.

Em outubro do ano passado, cerca de 300 índios tupiniquins e guaranis, reivindicando terras indígenas, ocuparam três fábricas da Aracruz Celulose S/A, em Aracruz, ES. Para dar apoio a justa causa índigena, um ônibus com estudantes saiu da Universidade Federal do Espírito Santo, entre eles – atenção! – dez noruegueses. Sobre a depredação do centro de pesquisas gaúcho, disse o "basco" Paul Nicholson: "As mulheres da Via Campesina se mobilizaram em Porto Alegre contra o modelo de agricultura neoliberal e da monocultura".

Vamos a alguns fatos. Segundo a FAO, a produção mundial de celulose atingiu 162 milhões de toneladas em 1999. Estados Unidos e o Canadá responderam com 52% do total produzido. A Noruega hoje exporta cerca de 90% de sua produção de celulose e papel. A Indonésia, principal exportador de celulose de fibra curta da Ásia, tem 70% de seu território coberto por florestas, num total de 143,9 milhões de hectares. Não me parece necessário ter a intuição de um Sherlock para perceber porque um "basco" chamado Paul Nicholson, mais representantes do Canadá, Noruega e Indonésia, coordenam a depredação do laboratório gaúcho. Desde há muito instituições católicas européias – Misereor e Caritas, entre outras – vêm financiando o MST para destruir a estrutura agrária do País. Agora são os cartéis do papel que injetam recursos na guerrilha católico-marxista brasileira para destruir uma indústria que representa cerca de 5% de nosso PIB e dá emprego a 2 milhões de pessoas.

Segundo Aurélio Mendes Aguiar, pesquisador da Aracruz, foram destruídos no ataque dezesseis clones de alta produtividade, duas mil mudas de pesquisa que seriam testadas nos próximos quinze dias, cerca de 50 matrizes (as plantas de melhor qualidade genética, selecionadas para cruzamentos), além de um milhão de mudas comerciais. O banco de germoplasma do laboratório, biblioteca biológica onde são preservadas as sementes para uso em melhoramento, também foi destruído. "Se fôssemos realizar todos os cruzamentos de novo, levaria no mínimo cinco ou seis anos. Alguns nunca mais serão possíveis, porque as matrizes não existem mais", diz Aguiar.

Antônio Hohlfeldt, governador em exercício do Rio Grande do Sul, qualificou o ato de "provocação e bandidagem". E nisto ficamos. O pusilânime governador xinga os bandoleiros, aliás financiados por seu próprio governo e pelo governo federal, e dá por cumprido seu dever. Por este atentado contra a pesquisa científica ninguém será punido. Palavra de velho petista.


Os depredadores da Aracruz foram coerentes com a boa doutrina marxista. Abaixo a ciência! Longa vida – e muitas verbas estatais – ao obscurantismo!

quinta-feira, março 16, 2006

Carver One







Performance
Top speed 185 km/h (115 mph)
Acceleration 0-100 km/h (60 mph) in 8.2 s
Max. tilt angle 45°
Max. tilt speed 85°/s
Turning circle (curb to curb) 9.5 m
Fuel consumption (estimated average) 6 L / 100 km (1:16 - 45 UK mpg - 40 US mpg)


Engine (*)
Cylinders/valves 4 cylinder 16 valve turbo intercooler
Displacement 659 cc
Cooling water-cooled
Max. power 50 kW (68 bhp) at 6,000 rpm
Max. torque 100 Nm (74 lb.ft) at 3,200 rpm
Transmission 5-speed manual & reverse
Fuel lead-free EURO
Emission system catalytic converter with oxygen sensor
Electrical system 14 V/32 A alternator, Volts 12 V / 30 Ah battery


Ignition ECU multipoint injection with knock sensor –

firing order 1-3-4-2
Emissions
CO2 176.72 g/km
CO 3.19 g/km
HC 0.23 g/km
NOx 0.08 g/km
HC + NOx 0.31 g/km


Wheels, tyres, suspension and brakes
Wheels double 5-spoke alloy

front 17"

rear 15"
Tyres front 140/70

rear 195/45
Brakes discs on all wheels
Front suspension single-arm with hydraulic shock absorption
Rear suspension McPherson suspension with rear-wheel steering


Dimensions
Length 3.40 m
Heigth 1.40 m
Width (tilt angle ≤ 25°) 1.30 m
Width (max. tilt angle) 1.60 m
Wheel base 2.65 m
Fuel tank capacity 32 L
Empty weight 670 kg (1,477 lb)

(*) The table above details the European specification Carver One, which may differ from Carver One models made available outside Europe. For the North American market (USA and Canada) the Carver One will be equipped with a different engine and an automatic gearbox.

terça-feira, março 14, 2006

Moto de uma roda

A companhia canadense Bombardier, concorrente da Embraer na produção de aeronaves, divulgou o lançamento de um protótipo de moto com uma roda só, a Bombardier's Embrio. Ainda não se sabe se a invenção irá efetivamente se tornar um produto.


A moto usa tecnologia giroscópica para que os motoristas consigam ter equilíbrio. O veículo foi desenhado como uma previsão sobre como serão os meios de transporte no ano de 2025. Quando parada, a moto fica equilibrada devido a pequenas rodas dianteiras que se abrem e se apóiam no chão, semelhantes ao trem de aterrissagem de aeronaves.

A Bombardier's Embrio é abastecida com combustível composto por células de hidrogênio, uma tecnologia que cria potência a partir da mistura de hidrogênio e oxigênio.

O novo veículo também utiliza outros avanços tecnológicos já usados nos carros, como visão infravermelha e sistemas de amortecimento. A posição para dirigir é a mesma que em uma moto comum.

A Embrio pode ser usada por um ou mais passageiros, já que a rede de sensores de giroscópios se adaptam facilmente. Feita de materiais leves - como alumínio, magnésio e nylon - a moto pesa cerca de 160 quilos.
A companhia canadense Bombardier, concorrente da Embraer na produção de aeronaves, divulgou o lançamento de um protótipo de moto com uma roda só, a Bombardier's Embrio. Ainda não se sabe se a invenção irá efetivamente se tornar um produto.

A moto usa tecnologia giroscópica para que os motoristas consigam ter equilíbrio. O veículo foi desenhado como uma previsão sobre como serão os meios de transporte no ano de 2025. Quando parada, a moto fica equilibrada devido a pequenas rodas dianteiras que se abrem e se apóiam no chão, semelhantes ao trem de aterrissagem de aeronaves.

A Bombardier's Embrio é abastecida com combustível composto por células de hidrogênio, uma tecnologia que cria potência a partir da mistura de hidrogênio e oxigênio.

O novo veículo também utiliza outros avanços tecnológicos já usados nos carros, como visão infravermelha e sistemas de amortecimento. A posição para dirigir é a mesma que em uma moto comum.



A Embrio pode ser usada por um ou mais passageiros, já que a rede de sensores de giroscópios se adaptam facilmente. Feita de materiais leves - como alumínio, magnésio e nylon - a moto pesa cerca de 160 quilos.